já leram.


All Against for you (HIATUS)

Prefácio


Eu vivo milhares de vidas. E morri em algumas delas. Talvez você me conheça, eu sou Catherine Millard, Jane Cash, Ashley Sccott, Mary Smiths, Kimberly Orion, Leticia Black e Sam Domines. Sou também Alex Miller, Barbie Hat, Sandra Bloc, Cameron Smart, Thaís Enseñat, Mellissa Sammers, Elle Bilt e Yanna Woods, mas não hoje.
Hoje, eu começaria uma nova vida. Hoje, eu me chamo e embora meu corpo já tivesse atravessado aqueles portões sinistros daquele cemitério dois dias, era a primeira vez que eu faria com meu novo nome.
Caminhei em silêncio até o túmulo conhecido. Eu simplesmente odiava aquela parte.
~~Flashback~~
- NÃO! - A mulher chorava copiosamente e nenhum dos amigos poderia ajudá-la. Seu marido, seu querido, estava descendo em um caixão pra debaixo da terra. - ME LEVA! - Ela ainda tentou correr e se jogar no buraco, mas alguém a segurou. Well done, seja lá quem tenha feito. Ela sabia que alguém iria segurá-la. - Ele estava tão bem, tão vivo! - Choramingou. Se seu marido estivesse acordado, ele a saudaria por isso - COMO? - Gritou, se sacudindo nos braços de quem ela não sabia quem era, tentando voltar a correr em direção ao caixão enquanto jogavam terra em cima.
~~flashback's end~~
A terra estava toda retirada e a madeira de cor mogno do caixão estava brilhando a luz da Lua. Sequei o suor que havia escorrido da minha testa e me encolhi, abrindo o caixão. O homem que havia lá pulou, parecendo extremamente revoltado e entendiado.
- CARALHO, POR QUE VOCÊ DEMOROU?
Ela revirou os olhos, ele sempre fazia isso. Mal conseguia esperar que ela o desenterrasse pra poder gritar e ela dera sorte que dessa vez ele não ficara socando o caixão e espalhando a terra que ela tinha que retirar.
- Você sabe o quão não-cavalheiro você é morrendo e me deixando cavar a merda da cova sozinha? - Reclamei. Saco, eu odiava cavar - Da próxima vez, eu morro!
Ele fez uma careta engraçada, mas logo se recuperou, colocando um pé dentro do caixão e me puxando pela cintura.
- Tá bom, Tá bom, mas não grite comigo se eu esquecer o horário que você acorda de novo.
Ele estava ficando sexy demais pra que eu mantivesse o foco e saísse dali antes que alguém descobrisse o que estávamos fazendo. Já havíamos matado coveiros demais pro meu gosto.
- Um dia, você me mata de verdade - Eu sussurrei distraída com a proximidade da boca dele.
- Eu fico com todo o dinheiro - Ele disse, dando um sorriso estonteante - Já pensei nisso, mas agora cala a boca e me beija logo porque eu to na seca há dois dias.
Rindo, eu deixei os lábios dele encontrarem-se com os meus e, logo em seguida, escorregar pro meu pescoço, perigosamente empurrando a alça da minha blusa pra baixo, enquanto ele parecia tombar pra trás, em direção ao...
- ECA! - Eu gritei, empurrando-o - Eu não vou transar com você no seu caixão, cacete. Que nojo, você ainda nem tomou banho, seu presunto!
Ele gargalhou da minha reação e pulou pra fora da cova sem esforço algum, me ajudando a sair.
- Como se você nunca tivesse feito isso.
- Foi só daquela vez! - Resmunguei, ofendida - E eu era a moribunda, você que não se importou. Porco - Xinguei-o enquanto ele ainda gargalhava. Abri a minha bolsa e entreguei a nova pastinha de documentos dele pra ele - Tô, seus novos documentos.
Ele abriu a pasta, curioso e logo vi seu rosto se transformar numa careta ofendida.
- Hm, ? Não gostei, que nome de viado!
Yes! Vingança.
- É, talvez você resolva seu probleminha agora... Já que você já tem seu nome de boiola, já tá completo, né? - Ri da cara dele e acabei levando um ligeiro tapa no braço - Vou te acusar de agressão, você vai ver só.
- Ahan, depois a gente resolve isso. - Ele passou o braço pela minha cintura, me apertando contra ele e me forçando a andar até a saída do cemitério - na cama.
Dentro do carro, ele pôs a mão na minha coxa e sorriu, prestando atenção ao trânsito.
- Quanto recebemos dessa vez? - Ele disse enquanto dobrávamos a esquina em um cruzamento.
- Vinte e cinco mil, precisamos começar a olhar as contas antes de dar-mos golpes. Ficar se fingindo de morto por tão pouco não rende muito bem. - Ele gargalhou sarcástico.
- Você quer que da próxima eu morra no nome de quem? Bill Gates? Vê bem, se "morrermos" com nomes importantes, ou no mínimo conhecidos vai ficar bem estranho. Imagina "Hoje morre, Bill Gates" e amanhã aquele viado milionário aparece desmentindo tudo. - Eu ri imaginando-o vestido de Bill Gates, com brinquinho de diamantes e qualquer outra coisa. Ao chegar a casa, ele correu imediatamente para o chuveiro. Enquanto isso eu fui ao quarto, abri o notebook e chequei o movimento no banco. Senti algumas gotas de água caírem no meu couro cabeludo e olhei para cima, Alex, , Bill Gates, ou qualquer um dos nomes que ele já teve observava atentamente a tela do computador, checando cada mínimo detalhe. - Já mandou o dinheiro dessa pra nossa conta? - Ele disse sério. Não brincava quando assunto era a quantidade de zeros presentes na conta.
- Ahan, ta aqui ó - Apontei para um dígito azul no final da tela. Ele assentiu com a cabeça e pegou o pacote de documentos ao meu lado.
- Não tinha nenhum nome melhor mesmo? E to me sentindo um viado com esse. - Girei a cadeira e o encarei. Arqueando a sobrancelha e franzindo o cenho. - Qual foi? Tom ? De onde diabos você tirou esse nome, senhora errr... Ei, seu nome é bonito.
- Obrigada pelo elogio, e não pensa que esse nome foi uma vingança pelo Cameron Smart - Ok, foi vingança. - Eu tinha nome de câmera digital e não reclamei. Acostume-se com esse aí. - Ele levantou os ombros e continuou folheando as páginas do documento.
- Ok, Sra. , pelo que consta aqui somos casados há cinco anos e eu sinceramente quero saber como eu sou casado há cinco anos e nunca tive lua de mel com a senhora. - Eu sorri e estendi minhas mãos. Ele me puxou, pôs as duas mãos na minha cintura e me puxou para um beijo estonteante.
O beijo foi ganhando forma e esquentando e quando, dei por mim, estava encostada à parede com beijando meu pescoço de maneira que, incrivelmente, só ele sabia fazer. Legal, mas eu tinha outras idéias.
Empurrei-o e ele, chocado com a minha reação, levantou as mãos e soltou um sonoro 'Pô!', como se eu tivesse estragado bem numa hora importante.
É, eu tinha. Ele estava abrindo a minha blusa.
- Não reclame, é minha lua-de-mel e eu decido o que eu quero fazer. E como. - Resmunguei, indo a direção a minha mala, super pesada, tentando arrastá-la para o banheiro.
- Ui. - Ele disse, em zoação. Devia estar morrendo de raiva.
Estávamos, mais uma vez, de mudança, em um hotel à beira da estrada, matando o tempo até escolher nossa próxima cidade, nossa próxima vida. Eu esperava que essa vida pudesse ser menos monótona que a anterior e imaginava como deveria ser a vida irritante das pessoas que não trocavam de vida como nós dois. Que porre! Eu gostava de movimento, de novidades. Eu sempre as tinha.
E o velho, mas com nome novo, . Que tinha prazer em me zoar. E prazer em outras coisas também...
- Sou uma moça de família, - Sorri pra ele, só pra irritá-lo, usando o nome que ele não gostara. - Minha lua-de-mel tem que ser especial, então seja um bom menino.
Eu vi quando ele revirou os olhos pra mim, colocando as mãos nos bolsos pra disfarçar o volume da calça - como se eu não estivesse devidamente acostumada com ele, mas, como eu, ele gostava dos nossos teatrinhos. Era sempre divertido, novos nomes, novas personalidades e brincadeiras que esquentavam a nossa relação porque o tempo era só cem por cento eu e ele. Nós deixávamos tudo para trás a cada novo golpe, então, simplesmente não podíamos deixar o romance esfriar porque ele também era o nosso negócio. E essa era a nossa maneira.
- Ótimo. Estou quase cantando Like a virgin pra você. - Ele parecia mesmo zangado.
Franzi as sobrancelhas pra ele, antes de bater a porta do banheiro e trancar-me lá dentro. Foda-se que ele ficou morto por dois dias, eu queria fazer do meu jeito.
Abri a minha mala e fiz minha pequena bagunça jogando todas as roupas no chão até achar as peças que eu queria. Vermelho, eu sabia que ele gostava dessa cor. Vesti o mais rápido que pude, sentindo o nervosismo e ansiedade dele pelos barulhos que ele fazia no quarto e senti-me gostosa.
Ah, garota! O que um conjunto de espartilho, meia-calça e cinta liga não fazia?
Abri a porta do banheiro e foi quase que instantaneamente que pulou da cama, onde estava sentado batendo com os pés no chão. Eu ainda acenei pra ele esperar, fazendo-o parar a meio do caminho, confuso, enquanto eu caminhava até o outro lado do quarto.
- Só vou colocar uma música - Sussurrei, entendendo a cara de desespero dele.
Eu ainda cheguei à escrivaninha e cheguei a encostar a mão no rádio. Mas foi só isso, apenas, porque no segundo seguinte, eu estava entre a parede e a ereção de , os lábios dele nos meus, enlouquecendo-me com suas mão deslizando do meu corpo. Ainda tentei escorregar minha mão para o rádio, mas ele a pegou e a colocou em sua bunda, encerrando o beijo.
- Não me broxa. - Ele ordenou.
E enquanto eu tentava formular um simples 'desculpe', ele distraiu-me, puxando minha perna para cima com a mão enquanto com a outra e mais a boca, ele tentava fazer com que meus seios pulassem do espartilho. Coitado, tinha esquecido que ele não tinha muita habilidade com essas coisas, embora adorasse. Porém, eu estava adorando seja lá o que ele estava tentando fazer, então nem o ajudei e continuei com uma mão em sua bunda e a outra acariciando-lhe a nuca.
Ele levantou minha perna, apoiando meu pé na parte mais baixa da escrivaninha, formando um ângulo reto perfeito. Então, se abaixou e dedilhou meu pé por alguns segundos antes de levar os lábios até ele e subir os beijos, mordiscando e, por vezes, senti que ele estava quase rasgando a minha meia.
- Cuidado - Sussurrei pra ele, sentindo os beijos passarem para a minha coxa, onde eu não teria mais cabeça pra reclamar de rasgo nenhum.
Eu podia sentir que ele estava pouco se fodendo pra rasgar a minha meia. Aliás, era isso que ele queria mesmo. E depois me compraria uma nova sem nem pestanejar em diminuir um ou dois zeros da conta.
E os beijos continuaram a subir e as mordidas mais fortes, resultado de mais carne. Certo. Era o fim da minha lingerie favorita. Quem se importa?
- Eu simplesmente adoro isso - Ele sussurrou, quando alcançou a cinta liga.
É, eu sabia. Eu também adorava que ele adorasse.
Ele puxou a cinta liga com os dentes e a puxou, passando a língua por baixo dela e por baixo da beirada da meia, fazendo com que eu arfasse. Ele puxou e repuxou até que em uma jogada de dentes em um momento que eu já quase não estava agüentando, ele soltou-a da meia e subiu, mordendo minha coxa, para fazer a mesma coisa com a ligação na calcinha.
Com uma mão posicionada na parte interior da minha coxa - e o polegar brincando levemente com a barra da minha calcinha, ele levou a outra mão à cinta liga da parte de trás e a soltou rapidamente, escorregando a meia até poder beijar os dedinhos do meu pé.
Então ele jogou o rádio longe e me colocou sentada na escrivaninha e puxou a outra meia pra baixo que - por não estar solta da cinta-liga, rasgou-se toda.
- Eu não acredito - Eu murmurei, sacudindo os restos da meia, pendurados pela cinta-liga na extensão da minha perna - Eu simplesmente odeio você! - Disse, arrancando a cinta-liga com os pedaços da meia.
Ele revirou os olhos e tirou os pedaços da minha mão, jogando-os junto á meia inteira e aos pedaços que ele havia tirado.
- Ahan - Murmurou, arrancando o cinto e abrindo a calça, escorregando-a pra baixo junto com a cueca. - Vem aqui, vem - Ele ignorou totalmente minha reclamação, puxando-me pela nunca de encontro à ereção dele.
E, devo dizer, que pênis! Sem querer me gabar, mas acho que qualquer mulher com um mísero de experiência em sexo e sabendo exatamente o que era bom se renderia a ele só com ele abrindo a calça. E aquele puto sabia disso e o fazia, não só comigo, sempre.
E, claro, eu me rendia. E mesmo não gostando muito de meter a boca, eu acabava fazendo porque, com certeza, haveria uma hora que ele iria fazer algo que não gostasse pra me dar prazer. Não que um dos dois costumasse reclamar de alguma coisa.
Ele puxou minha cabeça até que meus lábios encostassem á cabeça do pênis dele, mas eu forcei meus lábios a ficarem fechados, provocando as reclamações dele. Rindo por dentro, envolvi seu pênis com as duas mão e comecei a masturbá-lo, enquanto abria a boca e lambia a cabeça levemente. Ele grunhiu e empurrando a minha cabeça conseguiu não só enfiar quase tudo dentro da minha boca como também guiar os movimentos de vai-e-vem por alguns minutos.
Ele soltou um gemido que ele mesmo tentou conter, antes de passar os braços pelas minhas pernas e me erguer, carregando-me até a cama e jogando-me de qualquer jeito sobre ela. Ele engatinhou até mim enquanto eu arrancava a blusa dele pela cabeça, arrebentando os botões e ele distraiu-se, abrindo a gaveta da cabeceira pra pegar uma camisinha enquanto puxava a barra do meu espartilho, quase implorando que eu o tirasse pra ele.
Camisinha. Mesmo com as nossas crises de insanidade, nós tínhamos quase um alarme que indicava que precisávamos dela. Imagine se nós tivéssemos um bebê, o quão errado iriam sair nossos planos. Não era como se nós não tivéssemos vontade. Estávamos juntos a tanto tempo quanto eu não era capaz de me lembrar e estava na hora perfeita pra um bebê, mas como ensinar há uma criança que o nome dela muda a cada estação? Não, eu não daria um destino desses para o meu bebê e duvido que fizesse isso também. Nós sabíamos que se tivéssemos um bebê, seria o fim da nossa ‘carreira’ e embora nós dois torcêssemos pra que algum erro mágico acontecesse e um bebê surgisse em nossas vidas, nenhum de nós dois estava preparado pra parar.
É, já havíamos conversado sobre parar. Já éramos milionários há algum tempo, já tínhamos o suficiente pra viver a vida tranquilamente, mas era viciante. Nossa vida, mudando de lugar e de nome ao nosso gosto era extremamente viciante. Não, não era hora de parar, nós dois insistíamos nisso. Mesmo nosso organismo já reclamando de tanta substância soporífera que já havíamos inserido.
Eu preferia ter colocado a camisinha nele, mas praticamente não tive escolha. E, um segundo depois, estávamos grudados um no outro, ele se movimentando sobre mim como se não fizesse isso há alguns séculos e, de verdade, não deviam ter três dias.
Ah, é claro que eu já havia esquecido, como as últimas três mortes haviam sido de por causa dos probleminhas dele com memórias, mas parecia que o tempo se passava mais rápido quando você está num caixão, aparentemente morto. Claro. Necessidades gritam quando você volta a vida.
E a dele gritava por mim. Há, eu ia reclamar disso?
Quando ele começou a enfiar dava para sentir cada centímetro me dilatando, pedindo pra entrar mais e mais enquanto e eu arfava, arranhando-o. E quando ele me penetrou por completo, ele riu da minha cara de prazer e mordeu minha orelha, sussurrando:
- Sentiu falta, foi? – Senti a risadinha dele fazendo cócegas da minha orelha – Não parecia, antes.
Aí ele começaram os movimentos de vai-e-vem quase que sem aviso. Deliciosos demais para que eu não reagisse como ele merecia. Abracei suas costas e entrelacei minhas pernas acima de sua bunda, para onde minhas mãos escorregaram levemente depois de algum tempo. Ele pegou em minha cintura e começou a meter com um ritmo delicioso, nem rápido nem devagar, na medida. E eu já estava gritando alto demais pro nosso hotel quando ele resolveu morder e apertar meus seios, sem parar de penetrar, o que exigia muita concentração. Claro, eu acabei acabando com a concentração dele quando o puxei pelo cabelo para dar-lhe um beijo meio desesperado que não deu muito certo, visto nossas preocupações com áreas mais baixas.
Cravei minhas unhas nas costas dele, sentindo que ele ia se cansar logo e obrigando-me e chegar ao meu orgasmo antes disso. Ok, foi uma péssima idéia porque isso só o fez gozar mais rápido, comigo me movendo contra ele, tentando ainda conseguir um pouquinho. Em vão. Certo, amanhã a gente tentava de novo, era só efeito daquela bendita substância que enchia as nossas contas.
Revirei os olhos, meio decepcionada quando ele virou-se pro lado da cama que pertencia a ele e acendeu o cigarro. Só depois do sexo, eu sempre achara isso muito sexy.
Ele me passou o cigarro e eu dei uma profunda tragada, devolvendo-o e deitando-me mais próxima, em cima de seu peito. Ele envolveu-me e ficou acariciando minhas costas, apenas passando os dedos por ela levemente. Eu sempre acabava dormindo primeiro, não ia agüentar muito tempo.
- Pra onde estamos indo agora? – Ele me perguntou.
Pisquei os olhos, tentando me manter acordada o suficiente pra falar.
- Granville – Murmurei.
- Eu odeio a França – Ele sussurrou – Você realmente está se vingando de mim por causa da câmera digital, né?
Suspirei, e num sussurro-confissão de uma quase sonâmbula, eu entreguei-me.
- Com certeza – E dormi antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa.