já leram.


Amnésia (HIATUS)

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Capitulo Um

Rain and memories


Batucou os dedos, levemente, sobre a mesa. Ela queria escrever algo para a amiga, mas toda vez que começava, as lembranças que a levaram até ali - as únicas que ela tinha - vinham-lhe a mente e ela se esquecia do contexto da frase.
Largou a caneta e abaixou a cabeça, deixou que, aos poucos, as lembranças viessem.

Ela caminhava sem rumo e sem saber da onde havia partido. Não se lembrava de nada.
'Talvez eu tenha batido a cabeça' Disse, baixinho. Sabia da sua idade, seu nome e nada mais.
Ela se chamava , tinha treze anos e não fazia idéia de que rua era aquela, que cidade era aquela e aquele país lhe parecia estranho. E estava frio, muito frio.
Cansou-se de andar, sentou na calçada e se encolheu. Estava começando a nevar e ela não fazia idéia de como sobreviveria naquele frio apenas com uma blusa de lã que nada esquentava e uma calça que ia até um pouco abaixo que o joelho.
Se encolheu, tinha vergonha de pedir ajuda, mas antes que ela desistisse da timidez e da vergonha, um garoto de bicicleta parou à sua frente e se agachou. Por um instante, ela não conseguiu desviar os olhos do azul intenso dos olhos dele.
'Olá' Ele disse 'Você precisa de ajuda?'
Ela concordou com a cabeça.
'Eu me perdi'
'Onde você mora?' Ele sorriu.
'Eu não sei, eu não me lembro.'
Ele franziu as sobrancelhas, pediu licença e passou a mão pelos cabelos dela. Apertou.
'Ai' Ela reclamou
'Você bateu com a cabeça?' Ele perguntou
'Eu não sei' Ela disse baixinho. 'Eu não me lembro' e mordeu o lábio. 'E você é médico, por acaso?'
Ele riu.
'Não, mas minha tia é' E levantou. 'Vem comigo, ela mora aqui perto!'
E ele a ajudou a subir na bicicleta e a levou até lá.


sorriu com a lembrança. Sim, ela fora examinada. Amnésia, com riscos de ser permanente e ela nunca mais se lembrar de onde viera. E ela não se lembrou, nem com os anos que se passaram. Por isso, ela havia ficado por lá, morando com a tia de Harry - sim, esse era seu nome. Fizera um teste de nivelamento e acabara na mesma série que ele. Não demorou muito pra que virassem unha e carne. Ele morava apenas duas quadras da casa da tia, onde ela morava. Então, passavam as tardes juntos, para gosto da mãe e da tia dele. As vezes, ele acabava saindo muito tarde de lá e as vezes ele se deixava atrasar para que a tia o convidasse para passar a noite por lá. Tudo inocentemente, é claro.
Inocente, claro, ele era muito inocente. Sorriu, se lembrando das merdas que ele costumava falar. Eram amigos, total liberdade de se falar merdas. Principalmente no estudo de biologia.

'Ai, que saco' Ela ria de chorar 'me deixa estudar, pára de falar besteira!'
'Mas é sério! A gente podia ir no museu, cara' Ele parecia ofendido por ela ter achado graça 'As múmias sabem anaia como ninguém'
Ela riu mais ainda.
'AS MÚMIAS' ela disse, entre uma risada e outra. Ele acabou por acompanhá-la também, mas logo pararam.
'Ou...' ele sorriu, malicioso. 'Nós podemos estudar um o corpo do outro' e deu uma piscadinha.
Por um ou dois segundos, fez-se silêncio na sala, os livros abertos na mesa mostrando coisas que não deveriam ser mostradas para crianças muito pequenas. Então, o barulho da risada da garota ecoou, seguido de tapinhas que ela dava nele.
Ele havia ficado sem graça e só havia dado um pequeno sorriso, enquanto a garota rolava no chão de tanto rir.


Não passou muito tempo até que as coisas mudaram - um pouco. Um ano e meio, quase dois. Ele tinha quinze, ela estava para fazer. Era outono e, é claro, estava cinza e prestes a chover. Era um dia qualquer. Pras outras pessoas.

'Anda logo, ' Ele rosnou, quase um metro a frente.
'Não, me espera!' Ela gritou 'Harry, eu estou cansada!' E se encostou na parede.
Ele voltou com um furacão, pegando a mochila dela e jogando em cima da sua própria, puxando-a pela mão.
'Vai começar a chover e depois você vai ficar reclamando que seu cabelo está horrível por causa da chuva e blábláblá'
'Nossa, como você resmunga!' Ela reclamou.
Ele riu bufado e continuou a puxá-la enquanto ela reclamava que ele estava muito velho e resmungão. E ele ouviu calado até que a primeira gota caiu em seu nariz. Parou no meio da calçada e cruzou os braços. Estavam em frente à casa dela.
Então a chuva começou a cair mais forte. Ela não entendeu muito bem porque ele estava parado, com os braços cruzados, no meio da calçada com uma chuva daquelas e entendeu menos ainda do porquê ela ainda não havia saido dali, entrado dentro de casa e se livrado da chuva. Já estavam encharcados.
Como um lençol caindo lenta e docemente. E ela só sentia tudo que ela a proporcionada. O leve incomodo quando ela caia sobre ela, escorrendo por seu corpo, seu cabelo grudando em seu rosto, sua alma sendo lavada.
'Eu disse que não ia dar tempo' Ele quebrou o silêncio.
'Teria dado, se você não tivesse parado aí que nem uma estátua' Ela reclamou, mantendo os olhos baixos. Ele riu e ela levantou o olhar pra admirá-lo. Então entendeu porque não havia entrado. Ele devia ser proibido de se molhar em público assim - era um pecado! Sacudiu a cabeça. Ele era seu amigo, não podia-se pensar coisas dessas de amigos.
Mas como se ele estivesse lendo seus pensamentos, não retrucou. Ele sorriu, olhando pra ela.
'Você fica ainda mais linda na chuva' E sorriu, doce como nunca. Ela corou. 'E ainda mais linda corada' Ele deu um passo na direção dela 'Eu não vou mais...' outro passo '...aguentar - me desculpe se você não quiser' E a beijou.
Ela sentiu seus lábios procurando pelos dela, seus braços envolvendo a sua cintura e puxando-a ao encontro do corpo dele.
Passado o minuto de surpresa, ela deixou que suas mãs fossem de encontro aos seus cabelos molhados - que assim estavam, antes mesmo de começar a chuver - de suor, puxando seu rosto mais pra perto, mesmo que isso parecesse impossível, como um pedido silencioso para que ele aprofundasse o beijo.
Não demorou muito para que ele transformasse seu pedido em realidade. E as sensações da chuva se tornavam apenas uma leve névoa devido às novas que eles se proporcionavam. Ela poderia apostar que nem estava chovendo, se não sentisse seus cabelos cada vez mais molhados nas suas mãos.
E, então, tudo pareceu fazer mais sentido. Ela e ele, na chuva, era o que bastava. Não importava o antes e o depois, os carros passando na rua, logo ali do lado. Era apenas o agora que importava, o momento. E o agora era perfeito.
Ele se afastou, levemente, e sorriu ao ouvir a reclamação baixinha dela.
'Acho' ele sorriu 'que você não se zangou' Ela mordeu o lábio e escondeu o rosto na curva do pescoço dele, fazendo ele sorrir mais ainda. 'Eu não quero ser precipitado, mas eu gosto de você pra caramba e... bom... , olha pra mim' Ela se afastou pra encará-lo, mais corada que nunca. '' Ela sorriu, tirando a mão da cintura dela e a acariciando o rosto. Ela fechou os olhos. 'Namora comigo?'
'ISSO!' Eles ouviram duas vozes gritando e pularam pra longe um do outro, olhando em direção a casa. Nesse momento, a mãe e a tia de Harry fingiam estar lendo uma revista de cabeça pra baixo. corou ainda mais, Harry apenas riu.
Ela abaixou a cabeça, envergonhada demais pra olhar pra ele. Ele suspirou, deu os dois passos que a separavam dela. Colocou uma mão em sua cintura, abraçando-a, e a outra levou de encontro ao queixo dela, obrigando-a a encará-lo.
'Você pode dizer não, sabe?' Ele disse, com a voz falha. 'Só não se afasta de mim por isso, tá?' Ela franziu as sobrancelhas, ficou na pontas dos pés e lhe deu um selinho. Ele sorriu quando os lábios deles se encontraram, mas fora rápido demais pra que ele se aproveitasse. 'Isso foi um sim?' Ela corou e escondeu o rosto na curva do pescoço dele. Ele sorriu e a abraçou com mais força.
A chuva não havia cessado, mas eles não se importaram. Ele a pegou pelo queixo, novamente, e a beijou, um pouco mais docemente que da primeira - que era mais urgente.
'A... gente...' Ela tentou dizer, entre beijos 'vai gripar.'
Ele encerrou o beijo, encostando o nariz no dela.
'Eu não me importo, sinceramente. Você se importa?'
Ela negou com a cabeça. Ele sorriu e voltou a beijá-la.


Ela abriu ainda mais o sorriso, quando lembrou que ele tinha se importado depois. Tinham passado uma semana de cama, proibidos de trocar os virus - ou seja, se beijar. E de como ele ficava reclamando sobre a lógica de ter uma namorada e não poder beijá-la com a voz fanha do nariz entupido.
As coisas ficaram sublimes por ali, ela pensou. Harry tinha começado a aprender a tocar bateria e ela sempre assistia feliz e orgulhosa. Eram um casal invejado por toda escola. Por se gostarem de verdade, a maioria estava junto por comodidade ou interesse.

'Vocês estão se cuidando direitinho?'
'Sim, mãe' Ela dizia. Harry apenas ria, abraçando a cintura. Fazia pouco tempo que ela havia começado a chamar a tia dele de mãe, mas ela não se lembrava de ter tido outra.
'O Harry não tá fazendo dengo e comendo só pizza não, está?'
riu e olhou pra mesa de centro onde jazia uma caixa de pizza e alguns restos mortais de mussarela e calabresa.
'Não, mãe, Harry está comendo direitinho' Mentiu. Harry agora ria. 'traidor' ela sussurrou, tampando o telefone.
'Uhm... Vocês já...?'
'NÃO' Harry se assustou com o grito dela, deu de ombros e foi catar as calabresas da pizza.
'Ele está aí?'
'ahan'
'Você já falou com ele?'
'Não'
'Tem que falar, filha'
'Eu vou!'
'Então vai!' A mãe riu
'To indo'
'Tchau' e desligou.
Os pais de ambos haviam viajado pra algum lugar um pouco mais distante pra visitar parentes doentes. Eles tinham inventado uma tal de 'prova de verão' pra ficar em casa - sozinhos. Na verdade, Harry inventara e fizera compactuar com o plano maligno dele. 'Sem parentes chatos, yey!' ele havia dito.
Ela bateu o telefone no gancho e caminhou até ele, sentando-se ao seu lado.
'Vai onde? posso saber?' Ele perguntou, abraçando-a pela cintura, encostando as costas no pé do sofá pra que ela se aconchegasse no peito dele.
'Vou ficar aqui, com você, oras' Ela disse. Ele riu e beijou o topo da cabeça dela, começando a mexer nos cabelos da garota.
Ela tamborilava os dedos na mesa e respirava mais rapidamente, decidindo a hora que deveria falar.
'Você está meio ansiosa, não está?' Ele perguntou, após alguns minutos de silêncio, pegando a mão que tamborilava na mesa. 'Você quer me falar algo?' começou a fazer circulos no carpete com o dedo, assim que conseguiu tirar a mão das dele. ', amor?' Ele chamou. 'Você está me preocupando, sabe?'
'Eu... acho... que talvez...' Ela começou a dizer, corando. 'Sabe, a gente tá junto e... huh...'
'Não faz isso comigo.' Ele disse, sério 'Por favor, eu não sei viver sem você, '
'NÃO! não é isso, desculpa, amor, eu não... eu...só' Corou mais 'acho... queagentepodiapassarprooutronivel' terminou, comendo as letras das palavras.
'Uhm...' Ele franziu as sobrancelhas 'eu não entendi'
Ela corou mais, escondendo o rosto no pescoço dele e sussurrando, baixinho:
'Eu quero dormir com você'
Ele ficou rígido, um momento, então disse, com a voz falha:
'Você... , você tem certeza, amor?' Ela concordou com a cabeça, dando um pequeno beijo no pescoço dele. 'É que... bom, eu nunca fiz isso, sabe?'
Ela se afastou para encará-lo. Ele estava corado.
'Eu... achava que... uhm... aquela garota...' Ela gaguejou.
'Que eu ficava pra te fazer ciumes? no way.'
VOCÊ FICAVA COM ELA PRA ME FAZER CIUMES?' Ela gritou, dando tapas nele.
'Ai! Ai, cacete! Ao menos funcionou! , Pára! Que saco! Isso foi há meio século atrás!'
Ela desvencilhou-se do meio abraço dele e cruzou os braços. Ele riu, afastando o cabelo do pescoço dela e beijando-o, levemente. Ela gemeu, baixinho.
'Não faz dengo' Ele sussurrou, se aproximando do ouvido dela. 'Vamos terminar a nossa conversa...'
'No meu quarto?' Ela sussurrou, de volta.
'Uhm... mais tarde' Ele mordeu o lobulo da orelha dela. 'Eu não tava preparado'
Ela corou.
'Eu estou' virou-se pra ele 'No meu quarto, eu escondi lá'
'Uhm...' Ele murmurou. Passou o braço pelas pernas dela e pelas costas e a suspendeu. 'Vamos terminar nossa conversa lá, então' E sorriu.
Ele subiu com ela beijando-lhe o pescoço docemente. Deitou-a na cama, deitando apenas a parte superior do corpo sobre ela, beijando-a - logo que pode - com as mãos acariciando os seu cabelos. Findou o beijo e a encarou, vendo que ela sorria.
'Sabia que eu ainda fico tonta quando eu olho nos seus olhos?' Ela disse. Ele abriu um sorriso de orelha a orelha e lhe deu um selinho. 'Acho que vai ser assim pra sempre'
'Que bom' Ele falou com os lábios nos dela
Continuaram se beijando, até que a mão dela correu para a barra da blusa dele, levantando vagarosamente. Ele parou de beijá-la, contraindo a barriga e olhando pra ela. Ela ainda mantinha o olhar na blusa, puxando-a até a altura do peitoral do garoto.
'' Ele chamou, puxando-a pelo queixo para olhá-la nos olhos 'Você tem certeza?'
'Mais do que qualquer outra coisa' Ela respondeu. Ele deu um sorriso e um selinho, deixando que a garota terminasse de tirar a sua blusa. Ele voltou a beijá-la, agora com a mão por dentro da blusa dela enquanto ela arranhava suas costas de leve com as unhas.
'Amor' Ele disse, entre beijos 'Pega a camisinha antes que a gente esqueça completamente dela'
Já era manhã quando despertou com o barulho do telefone.
Ela se sentou cuidadosamente, tentando desafroxar o abraço de Harry sem que ele acordasse, passou a mão no rosto e atendeu:
'Alô' Ela disse, sonoleta. Harry resmungou puxando-a pelo braço pra que ela voltasse a se deitar.
'Oi filha! Te acordei? Tá tarde já! Por que você ainda está dormindo?'
'Nhanhaum sono' Ela resmungou.
'Eu liguei pra avisar que você tem que correr com as coisas aí porque nós vamos chegar aí amanhã à noite'
'Ahm... Já foi' Ela respondeu.
'AH! POR ISSO O SONO?' A mãe gritou no fone.
', vem deitar' Harry puxou-a com mais força, obrigando-a a deitar e encostando a cabeça no colo dela.
'Mãe' Ela suspirou 'Não grita, por favor'
'Cadê o Harry?' Ela perguntou
'Tá dormindo' Respondeu, sussurrando.
'Tô nada' Ele disse, um pouco mais alto que ela.
'Durma, filha, depois você me conta as coisas'
'Tá' Desligou, adormecendo logo em seguida.


E o começo do fim dos fatos chegou logo depois de entrarem no último ano do ensino médio. Ele tentou esconder o máximo dela, mas um dia precisou falar.

'Eu estou indo pra Londres no fim de semana' Era quinta-feira. 'Vou tentar uma audição lá'
'VOCÊ O QUÊ?' Ela gritou, exasperada. Se sentou no sofá antes que estivesse tonta demais.
'Vou tentar a sorte na cidade grande' Ele se sentou ao lado dela, pegando sua mão 'Por favor, me apoie. É meu sonho, você sabe'
'E... A gente?' Ela tremia
', calma' Ele a abraçou 'Eu nem sei se vou passar'
'Você vai, Harry, você é bom demais' Ela suspirou, encostando a cabeça do ombro dele 'Como eu vou viver sem você?'
'SE eu passar' Ele falou, mais forte 'Você pode ir me ver quando quiser e quando terminar a escola, você pode passar as férias comigo' Ela choramingou um pouco. 'Eu não vou, se você pedir'
'NÃO!' Ela se soltou do abraço e pegou o rosto dele com as mãos 'Não por mim. Nunca desista dos seus sonhos por mim. Eu não iria me perdoar jamais!'
Ele abaixou a cabeça.
'Você vai me ver, não vai?'


E é claro, ele conseguiu entrar na tal banda. E ela, é claro, foi vê-lo na primeira oportunidade. Faltavam quatro meses pra sua formatura. Harry agarrou-a na rodoviária ainda e eles acabaram transando no estacionamento. E passaram o fim de semana todo sozinhos na casa que ele dividia com os novos amigos. Eles tinham ido passar uns dias na casa das famílias - persuadidos por Harry. Apenas no último dia que ela tivera contato com eles e os adorou. Mas aquele fim de semana havia sido perfeito e havia sido o fim. Não demorou muito mais que um mês pra que ela descobrisse.

'Vomitando de novo, filha?' A mãe chegou à porta do banheiro, preocupada. Viu que estava soluçando. 'Filha?'
'Mãe... Eu tô... grávida, mãe, eu não podia e...'
'Shii...' A mãe a abraçou, limpando a boca dela com a toalha. 'Não é muito conveniente, mas não tem problema. É o Harry, amor, ele vai adorar a idéia, você sabe.'
'Eu vou embora, mãe' Ela soluçou 'Assim que eu terminar a escola'
'Você está maluca, ?' A mãe se exasperou.
'Mãe, eu fui à Londres, as coisas estão dando certo pra ele... Eu não posso... atrapalhar'
'Mas ele fez essa criança também!'
'Eu vou embora e você nunca vai falar nada pra ele!' suspirou pesadamente 'Nada que você diga vai me fazer mudar de idéia'
A mãe suspirou. Sua pequena era cabeça-dura mesmo.
'Pra onde você vai?'
'Pra uma cidade pequena, um pouco longe daqui. Só até a criança nascer e aí eu vou pros Estados Unidos'
'Você pensou bem nisso?' A mãe perguntou. A garota concordou com a cabeça 'E dinheiro?'
'Eu nunca gastei a minha mesada, eu tenho boas economias. Quando eu estiver fora, eu vou saber me virar.'
'Filha...'
'Eu vou embora antes da minha formatura.'


E agora, lá estava ela.
Olhou pro papel mais uma vez, ela tinha realmente que escrever aquela carta.









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