já leram.


Beta (HIATUS)

Capítulo Um


- Vai ser meia noite, cara! - Um dos menino disse, enquanto pegava livros nas prateleiras.
- 'Tá - O outro respondeu - Mas onde vai ser essa budega? - Ele parecia bem perdido.
- 'Tá escrito aqui! - Ele pegou o papel e mostrou pro outro.
MERDA! Eu escalei a estante e - graças aos céus por terem criado celular com câmera - tirei uma foto do papel. Com alguma sorte, eu conseguiria ler onde seria a tal reunião.
Eu me chamo Black, descendente de uma legião de membros-presidente da fraternidade Beta de Yale. Eu entraria facilmente, mas tinha um pequeno problema: A Beta só aceitava homens.
Mas eu vou conseguir.
- Meia-noite? - O menino confuso perguntou.
- É!
- Merda, lá se foi meu sono... - Ele disse. O primeiro menino riu, se despediu e se afastou.
- Olá! - Eu me aproximei do menino confuso. Ele tinha magníficos olhos azuis. - Você vai querer mesmo esse livro? - Perguntei, apontando pro livro que estava no topo da pilha que ele carregava.
- Não sei, estou com tantos livros...
- Direito? - Eu perguntei, sorrindo.
- Sim.
- Somos os mais ferrados da faculdade, eu restou com uma lista enorme de livros pra ler e você... - Eu levantei alguns livros dele pra ler os nomes - está com metade deles. - Ele riu - Sou Black, me chame de . Tem aula do quê agora?
- , - Ele tentou apertar minha mão, mas desistiu quando os livros quase cairam. - Tenho economia.
- Certo. - Abri minha bolsa e chequei o horário - Acho que estamos na mesma turma. - Mostrei meu papel à ele e ele confirmou com a cabeça - Certo, então posso acompanhar você e roubar seus livros?
Ele deu uma gargalhada gostosa, me fazendo sorrir. Era o tipo de gargalhada que te fazia rir.
- Claro que pode, que pergunta! - Ele sorriu, sorriso perfeito - É ótimo ter alguém pra fazer companhia!
Eu sorri e mordi o lábio.
- E aquele seu amigo que estava aqui agora pouco? - Fiz cara de culpada, ele apenas riu.
- O ? - Deu língua. Começou a caminhar em direção ao balcão - Ele é um inútil, faz teatro.
- Ah, que vida boa! - Eu ri.
e eu esperamos a bibliotecária catalogar os livros na ficha dele por alguns minutos. Ela era lerda, fazer o quê? Eu precisava arrancar algo do sobre o dia da iniciação. Mas eu esperava que fosse natural.
- Eu acho que me lembro de você... - Eu sussurrei - Eu te vi falando com... O Judd, acho. Estranho, aquele cara. Dizem que ele é membro presidente de uma das mais antigas irmandades da escola e... Oh! - É, eu sei ser boa atriz.
tampou minha boca com as mãos e me arrastou pela mão para fora da biblioteca. Minha cara de falsa surpresa deve tê-lo convencido.
- Ok, eu fui escolhido como novato. - Ele sussurrou pra mim, assim que encontrou uma sala vazia pra nos enfiar - Mas NINGUÉM pode saber disso, você compreende?
- Tudo bem - Eu sorri. - Pode confiar em mim.
- Eu sei que posso, você faz direito. - Ele suspirou - Só não sei quando você vai querer usar isso contra mim.
Eu ri. Era uma piada de advogados e era ótima. Ele sorriu e o ambiente se descontraiu.
- E você? - Ele me perguntou. - Alguma? - Abri minha bolsa e tirei três papéis. - WOW! Três aceitações?
- Pois é. - Eu dei de ombros - Mas são irmandades muito... - Eu fiz careta e ele arqueou as sobrancelhas - Eu não sei se vou aceitar, na verdade. São últimas opções.
- Últimas opções? - Ele parecia curioso.
Eu suspirei. Ele tinha confiado em mim, certo?
- Vamos fazer uma coisa? - Eu perguntei. - Eu te dou algo para você usar contra mim, caso eu use o seu segredo contra você. Mas eu ia gostar que você me ajudasse...
Ele balançou com a cabeça.
- Eu não sei porquê, mas eu concordo com isso. Eu gostei realmente de você.
- Certo. Eu também. - Eu estava nervosa demais pra demonstrações de afeto, embora eu realmente tenha gostado do . - Acho que a gente vai ter que matar economia.
olhou para o relógio.
- Estamos matando.
- Vamos ser péssimos advogados.
- Concordo.
Nós dois rimos.
- Quer dar um passeio? Eu te conto tudo assim que eu me acostumar com a idéia.
Cinco minutos depois, estávamos sentados encostados em uma árvore enquanto eu lhe contava a minha história.
- Wow. - Ele disse, assim que eu terminei. - Isso é...
- Wow. - Eu completei.
- Eu vou ser morto por te ajudar. - Eu concordei com a cabeça.
- Mas eu posso fingir estar com você, você me apresenta pro seu presidente e isso lhe dará pontos extras. - Ele pareceu considerar a idéia.
- Se eu te disser apenas as informações, você me livra...?
- . - Eu o interrompi - Eu só preciso estar lá na iniciação. Eu tenho uns documentos que vão obrigá-los a me aceitar, se eu me impor. Eu não vou colocar o seu nome nessa, eu te juro.
- Posso te fazer assinar um documento? - Ele sorriu. Havia nascido pra ser advogado mesmo.
- Claro. Não que vá adiantar de muita coisa se eu contar...
- Mas pode me enriquecer alguns milhões!
Eu gargalhei. Podia mesmo.
- Me ajuda? - Eu pisquei meus olhos.
Ele se aproximou da minha orelha.
- Hoje à noite - Ele sussurrou - Haverá uma festa apenas pros membros do Beta, novatos e convidados. - Eu concordei com a cabeça - Você vai comigo. - Não era um pedido - Você quer fingir estar comigo ou quer aproveitar já que...?
- Não faço questão de fingir... - Eu cortei-o.
- Certo. - Ele continuou a sussurrar na minha orelha. - Eu ainda não sei o lugar, provavelmente vão me dizer hoje. - Concordei novamente - Mas vai ser na próxima Lua Cheia.
- Ótimo dia. - Eu engoli a seco. - É na próxima semana. - Ele concordou e se afastou da minha orelha, me dando um pequeno selinho.
- Você vai fazer história nessa irmandade. - Eu concordei com a cabeça, um pouco assustada, na verdade.
Ele sorriu pra mim, me encorajando e passou os braços pelo meu ombro, me aconchegando em seu peito.
- Por favor. - Ele sussurrou depois de algum tempo de silêncio - Não deixe nunca a Júlia de administração ver a gente junto.
Eu ri.
- Você quer ficar com ela, seu fanfarrão. - E empurrei-o. Ele sorriu, meio envorgonhado - Ná, quer que eu fale com ela pra você depois? - E lhe pisquei um olho.
- Você faria isso? - Os olhos dele brilharam.
- Claro, você tá salvando a minha pele, não está? - Ele abriu um sorriso do tamanho do mundo - Mas acho melhor a gente fingir, então, certo? - ele me deu um beijo, na bochecha dessa vez, bem estalado, em resposta.


N/A: Estou tentando me lembrar como continuar essa fic... Vocês gostam dela?