já leram.

Efeito Estufa

Capítulo Um


O novo milênio começou já ameaçado de morrer na praia. Nos seus primeiros anos, as catástrofes naturais, muitas em resposta à própria degradação causada pelo homem, aconteciam e devastavam o mundo. Em algum momento, já não se sabia dizer o que era inverno ou verão. O tempo mudava drásticamente e já não se tinham mais climas agradáveis.
Então, houveram tratados de emergência. A Europa toda estava em pânico, pois o seu clima parecia ser o mais afetado. Enquanto os cientistas previam que o tempo iria esquentar, na Europa, principalmente Inglaterra e Portugal, o tempo esfriava e aquecia de uma hora pra outra. 40 graus de diferença, de uma noite para outra, era a média. Mas, os EUA não se importavam. O resto do mundo que se exploda, eles estavam faturando. Quanto mais dinheiro, melhor, não lhes importava quantas vidas estavam sendo afetadas.
Eles colocaram a corda no próprio pescoço.
A terra da rainha já jogava indiretas há anos, para ver se eles acordavam. Então vieram as ameaças. Estavam à beira de uma guerra. Uma guerra para sobreviver. O mundo todo contra os EUA.
Mas, somos mortais e não podemos parar por estarmos à beira da guerra...
A medida mais drástica da história estava prestes a ser tomada. Uma medida a favor da vida, contra a ganância. E apenas aqueles que tivessem contato direto com algum dos países da Europa ou da ásia ou os nativos desses continentes sobreviveriam.
E era aí que elas estavam. As mulheres mais bem-sucedidas da década. E apenas uma delas já havia completado 25 anos. Era incrivelmente extraordinário todas se conhecerem desde a adolescência, terem seguido caminhos diferentes, continuarem amigas e igualmente bem-sucedidas.
tinha completado 24 há pouco tempo, mas era a arqueóloga de maior sucesso e, consequentemente, a mais bem paga. Aos 19 anos, coordenou sua primeira expedição ao Egito. Aos 22, encontrou coisas que muitos homens sonharam em encontrar antes: o mapa de atlântida e escritos antigos, em egípcio e em atlantis, que comprovavam científicamente a existência da mesma.
já havia trabalhado para a NASA nos EUA por algum tempo, mas não conseguiu se manter por lá. Voltou para o Brasil xingando-os para quem quisesse ouvir. Dias depois, o governo britânico contratou-a para trabalhar em lançamentos no seu próprio país. Hoje, aos 23 anos, ela chefia a base brasileira.
gostava do que fazia. Talvez, por isso, tenha subido tão rápido. E em seus 22 anos, era produtora musical, organizadora de eventos, empresária e, nas horas vagas, hacker de plantão. Já estivera organizando alguns eventos na terra da rainha. Tinha contatos lá e, sempre que podia, viajava.
, beirando os 25 anos, era uma das jornalistas mais procuradas no mundo todo. Ela e , a única das cinco que havia completado os 25 anos, -que também era escritora e tinha dois de seus livros na lista de best-sellers - escreviam, editavam e chefiavam revistas, noticiários e reportagens no mundo todo. Principalmente no Brasil e na Inglaterra.
já havia sido premiada duas vezes, por reportagens, uma acompanhada por .
Era incrível todas serem amigas e era ainda mais incrível todas reservarem duas tardes por mês para se encontrarem e fazerem o que mais gostavam: tocar.
E como todas tinham sua dupla nacionalidade, Brasil-Inglaterra, bastante aceita, foram convidadas a 'viajarem' urgentemente para lá, sem especificação motivos.
e estavam no quarto da última tentando acertar os acordes de uma música recém-criada. O silêncio era constante na casa e ele só era quebrado pelas notas perfeitas tanto do violão quando as vocais.
- Você não acha que seria melhor eu esperar lá na frente? - perguntou, após uma nota que havia dado errado. Elas estavam na casa que 'dividiam', embora quase nunca as cinco ficassem juntas ali.
- Não, elas tem a chave! - lhe respondeu. Era dia de ensaio e só as duas haviam chegado. Como sempre.
- Mas... Sabe, elas estão trinta minutos atrasadas! Elas nunca atrasaram tanto! - , como sempre, era a primeira a chegar e a mais impaciente.
- ... Relaxa e goza! Puts... Elas sabem o caminho!
- Mas... Ah! quer saber? Fica aí! - Ela passou pelas malas sempre prontas do quarto de . Como eram jornalistas e sempre estavam viajando, as duas mantinham as malas sempre arrumadas - Eu vou esperá-las à porta.
- ! – Ela a chamou, mas não obteve resultado.
, bufando, abriu a porta e se deparou com um dos assistentes do consulado britânico no Brasil.
- Ah, Oi Teddy! – Ela disse, sorrindo. logo apareceu por trás dela, cumprimentando-o também.
- Infelizmente, meninas, hoje a visita não é cordial – Ele disse.
- Ah, o que houve? – perguntou.
- Peguem o necessário. Vocês vão viajar urgentemente para a Inglaterra.
- Teddy? – perguntou – É só isso que você pode dizer?
Ele abaixou a cabeça, visivelmente transtornado.
- Risco nuclear. Desculpe. É capaz de vocês nunca mais voltarem pra cá.
e se entreolharam.
- Mas... e as outras?
- Já estão embarcando. Encontrei-as vindo pra cá. – Ele disse – Por favor, não demorem! Olhem... - ele tirou dois papéis do bolso – Digam seus nomes no portão de embarque três e entreguem isso – sacudiu os papéis – à qualquer taxista britânico. Eles vão levá-las às casas onde vão ficar. – entregou o papel à garota – e – entregou-lhe também. – Vocês tem trinta minutos pra sair de casa.
- Saímos em cinco. – disse – Nos espera?








+1 comentários
Nada disse:

Gostei mas não esta faltando o que aconteceu com os meninos após sequestro O.o