já leram.


Eu não acredito em papai noel


Naquela manhã fria e clara, havia um pequeno garotinho adormecido em baixo da árvore colorida e piscante de natal. A lareira estava acesa, mas não era ela que iluminava o aposento, visto que as cortinas estavam abertas e lá fora tudo era branco. Ao admirar mais a sala, em busca de detalhes, é que se é possível reparar a pequena e doce garotinha deitada ao sofá.
O que aquelas crianças faziam ali e não em seus quartos? Oh, é claro. A resposta é tão óbvia quanto os doces que enchiam suas meias em cima da lareira àquele momento. Papai Noel. Mas, não fora bem assim.
Para entender melhor essa história, teremos que voltar algumas horas no tempo, para o dia anterior, véspera de natal. Quando os sinos das seis horas soara, dizendo que era hora do chá doa adultos e das crianças começarem a se preparar para cear.
A família Judd estava toda reunida em uma casa no campo, alugada para caber todos eles para as comemorações de fim de ano. Todos alegres em fazer as duas últimas crianças da família acreditarem que o natal era a época mais mágica do ano. Principalmente a menina, a pequena , que perdera os pais em um acidente de carro recentemente e agora morava com a irmã da mãe, que era casada com o irmão do pai do rapazinho, , que, no momento, subia às escadas batendo os pés e resmungando sobre ter que tomar banho naquele frio, só por causa de um velho gordo e barbudo que nunca trocava de roupa e que ninguém nunca tinha visto.
, é claro, não ia deixar as reclamações do menino em preço barato. Ora, onde já se viu resmungar injúrias do bom velhinho? Aquele que todos os anos deixava presentes em embrulhos coloridos embaixo da árvore de natal brilhante, comia os biscoitos e bebia um pouco de leite. Logo ele que sabia todos os meninos bonzinhos e todos os meninos maus? Ele que deixava carvão nas meias de doces dos meninos maus. Ah, como torceu para que a meia de amanhecesse cheia de carvão por ter falado aquilo do doce velhinho de vermelho e bochechas rosadas.
Ela subiu as escadas atrás do garoto, afim de tomar seu próprio banho e colocar o vestidinho novo para esperar papai noel. Ela desejava não dormir dessa vez, apenas para ouvir o barulho das renas em cima do telhado e os presentes escorregando pela chaminé. Mas, ao invés de procurar um banheiro que ela pudesse usar, ela parou à entrada do banheiro que usava e resolveu se vingar.
- Querido Papai Noel - Ela sussurrou, com a mão na maçaneta - Espero que o Senhor esteja me vendo agora e perdoe-me por ser uma má menina, mas estava falando coisas feias sobre o senhor!
E, em dez segundos, ela havia entrado no banheiro, desligado o aquecedor do chuveiro e saido a tempo de ouvir o grito congelado do garoto do lado de fora da porta fechada. Segurando as risadas, ela achou um banheiro pra si e trancou a porta, por via das dúvidas.
Tomou seu próprio banho aos risinhos. E logo vestiu seu bonito vestidinho. Desceu as escadas e lá estava o primo fazendo o maior bico e embrulhado em agasalhos. A tia lhe ofereceu um casaco leve e chocolates quentes para os dois. Sentaram-se ao pé da árvore de natal para esperar o que haveria depois. Pois, então, se puseram a discutir. Será que papai Noel deveria realmente existir?
A garota levantou num pulo derramando chocolate no chão. Proclamou em altas vozes o que achava, o garoto à sua frente gargalhava.
- Mas é claro que ele existe, ora essa! - Disse contente - Quem mais toma o leite e come os biscoitos? - Achando graça, a tia dos dois entrou na sala. Colocou o leite e os biscoitos onde eles pudessem ver. A garota sorriu e sussurrou - amanhã você vai ver.
revirou os olhos.
- Qualquer um pode entrar aqui e comer os biscoitos. Eu mesmo posso fazer isso.
A menina murchou um pouco, mas continuou a maquinar algo que lhe agradasse.
- Vamos dormir na sala e esperar.
E assim foi, logo após a ceia, lá estavam os dois na sala. O sofá foi cavalheiramente cedido à menina e ele se deitou perto da chaminé, ao lado da árvore. Os adultos acharam graça e passaram pela sala rindo, aos quartos.
Horas passaram, os dois dormiram. No meio da noite, um barulho os despertou! Correram para chaminé e aí viram alguem de roupa vermelha deixar o rastro por ela. A pequena menina comemorou junto com o amanhecer do dia e, só então, lembram-se dos presentes. Ganharam o que queriam. O rapaz ganhou uma bicicleta sem rodas e a menina ganhou uma cozinha-brinquedo completa. E assim acaba a história.


A mulher fechou o livro com um pequeno estrondo, mas não contara que não estava lendo-o, mas sim contando o que estava na sua cabeça e na sua memória.
- Ah, mamãe, você acha mesmo que eu ainda acredito em histórinhas de papai noel? - A garotinha, deitada na cama, perguntou.
A mãe sorriu, levantou-se da cama, bagunçou o cabelo da filha e beijou sua testa.
- É, você puxou mesmo seu pai. - Andou até a porta e jogou um beijo no ar para a filha, apagando a luz.








+4 comentários
Carol
carolinecastro015@gmail.com
187.122.249.199
Enviado em 08/06/2014 as 3:13 pm
AI QUE LINDA!!!

Selecionar comentário Joy
joymalik_@hotmail.co.uk
186.236.151.31
Enviado em 10/12/2013 as 12:20 pm
Aww que fofa *–*

Selecionar comentário Thais
noemail@intensedebate.com
201.68.193.51
Enviado em 10/12/2013 as 12:20 pm
Ai que amor <33

Selecionar comentário Giulia
everydayaprincess.tumblr.com
giuliagraziottin@hotmail.com
177.156.49.218
Enviado em 10/12/2013 as 12:20 pm
awwwwnnn <3 <3 <3