já leram.


Era Uma Vez (HIATUS)

Prefácio


torcia as mãos em seus aposentos, nervosa. Por que todos os reinos tinham uma tradição idiota? Não, ela não queria correr o risco de perder o príncipe dela por algo tolo assim. Ela sentia medo, muito medo. havia acabado de passar ali, para acalmá-la e dizer que tudo ficaria bem, que ela conseguiria sair do transe. Alguma certeza disso? Não.
Ela queria que ele tivesse ficado mais com ela, mas sabia que era mais importante para o garoto se despedir da rainha, sua mãe. Porque, mesmo se ele acordasse, não a veria outra vez.
Tradições são idiotas. Ela estava começando a odiá-las.
Recostou-se em sua cama, deixando que os olhos se fechassem e que as lembranças viessem.

~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*FLASHBACK ON*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~

Ela tinha cinco anos. Havia acabado de chegar de uma rápida passagem por um convento. Esperava pacientemente o primo descer as escadas dos jardins para irem brincar.
'!' Ele desceu as escadas, feliz, e quase a derrubou no abraço.
'Cumprimente sua prima direito, !' Sua mãe ralhou com ele, do topo da escada.
'Humphft' fez, fazendo-a rir discretamente.
era um ano e meio mais velho que ela, quase. Ou seja, ele estava para completar sete anos, enquanto ela ainda tinha alguns meses à frente para chegar aos seis.
'Anda, !' Sua mãe riu.
Emburrado, ele curvou-se frente à prima, que, por sua vez, também lhe reverenciou.
'Princesa' disse, simplesmente.
Ela sorriu para o rapaz e ele a guiou para onde deveria treinar espadas, o que ela assistiu de bom grado.

*-*-*

'Por que nunca tentas lutar comigo?’ perguntava-lhe. Estava com onze anos.
'Porque eu só vou começar a aprender isso daqui a alguns meses, , quando eu completar dez anos. E tu já fazes isso há seis anos! Seria uma covardia, não?'
'Eu te ensino!' Sorriu ele. 'Pego leve com você, prometo.'
Ela acabou concordando e, antes de seu aniversário, já sabia muito bem duelar.

*-*-*

'Tomem cuidado, queridos!' A mãe de dizia, da porta do castelo. 'Crianças!' Riu-se ela para o marido. 'Quantos guardas deixaste de plantão esta noite, meu rei?'
'Cinqüenta e três' respondeu ele.
'Isso não é justo!' reclamou. Havia ficado ali apenas pra ouvir a resposta àquela pergunta. 'Nós vamos acampar e temos que ser vigiados?'
segurou a mão dele, para evitar que ele subisse mais ainda a voz.
'Não reclame' O rei lhe disse. 'Ou nem acampar vão.'
saiu bufando, arrastando-a pela mão. Andaram em silêncio até a pequena e confortável cabana de madeira que havia sido construída para que eles pudessem acampar. Ele se sentou à beirada da cama que havia sido designada para ele, respirando pesado. Ela se aproximou levemente, acariciando a mão dele.
'Eu queria que nós pudéssemos ficar sozinhos pelo menos uma vez' disse-lhe, como se pedisse desculpas.
'... tu sabes melhor que eu que é quase impossível ficarmos sozinhos' Ela disse. Ele olhou para ela com os olhos brilhando, a fazendo corar levemente.
'Mas eu queria...' Ele não chegou a terminar a frase. Apenas selou seus lábios nos dela.
Ela tinha acabado de completar catorze anos. Ele estava com quinze.

*-*-*

'Eu não gosto de ter que ficar me escondendo pra poder ficar contigo' Ela dizia para ele.
Estavam abraçados, debaixo da árvore favorita deles, a única que os escondia das janelas do castelo, assistindo ao pôr-do-sol. Ela estava com a cabeça encostada nos ombros dele, enquanto ele desmanchava os cachos da cor de fogo que ela demorara horas pra fazer. Mas ela nunca reclamava.
'Eu me sinto impotente quanto a isso' Respondeu-lhe, simplesmente 'Por mim, já havia casado contigo'
Ela suspirou.
'Tenho medo de te perder’ Ela confessou.
Ele simplesmente a abraçou. Não queria dizer a ela, mas tinha medo de que não acordasse para poder beijar-lhe os lábios novamente.
'Quer ouvir um segredo?' Ele lhe perguntou, vendo que ela, em breve, deixaria toda a superioridade de realeza sempre presente ir embora e começaria a chorar. Ela apenas aninhou-se nos braços dele, escondendo o rosto em seu peito e confirmando com a cabeça. Ele sorriu. Adorava quando ela deixava-se mostrar vulnerável, o que, ele já havia reparado, era apenas com ele. Aproximou sua boca do ouvido dela e sussurrou 'Amo-te' .
Ela sorriu, apertando-o mais contra si e deixando as lágrimas caírem livremente.
Era véspera do aniversário dele de vinte e um anos. Véspera do dia em que ele começaria a prova para mostrar-se digno de governar aquele reino.

~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*FLASHBACK OFF*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~

fora a primeira pessoa que ela havia deixado vê-la chorar. Até porque já fazia meses que ela receava esse momento. Malditas tradições. Ela ouviu baterem em sua porta e secou as lágrimas.
'Entre' disse, com a voz falha. entrou em seu quarto, sem cerimônias, e sentou-se na beirada da cama, entrelaçando sua mão na dela.
'Você já vai, não é?' Ela perguntou, receosa.
'Eu já lhe disse que eu não vou a lugar algum' Respondeu-lhe. 'Eu vou estar contigo o tempo todo. Eu prometo.'
Ela virou o rosto para o lado. Ele já a havia visto chorar muito, naquela semana. Ela devia estar fingindo-se de forte, para dar segurança a ele.
'Hey...' Ele chamou-a, curvando-se sobre ela e virando seu rosto para que pudesse encará-la. Ela, como reflexo, levou uma das mãos ao rosto dele, acariciando-lhe a bochecha. 'Vai dar tudo certo, está bem?' e lhe beijou, docemente.
'...'
'Shiuu' ele fez 'Não fales, por favor' deitou-se ao lado dela e beijou-a novamente, com mais urgência. 'Eu juro para você que a primeira coisa que eu vou fazer como rei vai ser excomungar essa tradição idiota!' Ela abraçou-o. Ele estava com raiva, muita raiva. 'Até mais porque eu não entendo como meu pai pode ser tão frio a ponto de não se importar em estar quase perdendo o filho e a esposa...' Ele ia chorar, ela sentia. 'E eu não me conformaria, se te perdesse.'
'Eu não vou me conformar, se te perder.’
Ele suspirou, mordendo os lábios. Aproximou-se do ouvido dela e sussurrou, a fazendo estremecer.
'Eu não vou me perdoar, se nunca conseguir ter-te para mim'
Oh, céus! Por que ele lhe fazia isso? Ela teria que passar dias rezando, para que Deus a perdoasse pelos pensamentos que tivera naquele momento.
Sentiu-o puxando-a e apertando sua cintura contra a dela, enquanto lhe beijava o pescoço. Ela apenas suspirou, acariciando-lhe os cabelos, ao ver que ele chorava.
Era a segunda vez que ela via chorar. Pelo mesmo motivo, em ambas. Maldita tradição.
'Eu... Preciso ir' Ele disse 'Você vai?'
'Não sei, '
'Por favor', pediu 'preciso de você lá.'
Ela escondeu a cabeça na curva do pescoço dele e concordou com a cabeça, levemente. Ele levantou-se, puxando-a junto. Colocou uma mecha do cabelo vermelho dela atrás da orelha.
'Mamãe sabe da gente. Ela suspeitava e eu acabei contando pra ela, desculpe.' disse 'E, bom... meus amigos. Você sabe que pode contar com eles, não?'
Ela confirmou com a cabeça. Não queria soltá-lo. Não queria deixá-lo ir.

N/a:hey, povo! Finalmente tomei coragem de mandar essa fic pra cá Uu eu to tentando adiantar ela, de tempos em tempos *tentarei uma vez por semana* eu coloco um capítulo aqui XD mas nada prometo, okay?
So, acho que eu tenho que agradecer a algumas pessoas.
Primeiro, Dressa e gábi, que fizeram um escândalo com ‘aiquesonholindo! Isso tem que virar fic’. Eu não teria começado a escrever, se não fosse por elas.
Well, agradecimentos pra jú, camis e dóri, que não me recordo de terem feito escândalo (tirando a camis, que sempre pergunta por partes novas), mas que sempre me distraem XDD.
À dona piu, que revisou essa budega (eu sei que você adora essa palavra) e deixou zilhões de coisas em vermelho mahauahua. Te amo, piupoca.
Maggieeeee! Cara, não sei de mim se não fosse tu, revisando toooodas essas coisinhas chatas de segunda pessoa, mesóclises e panz *que eu adoro, mas releve*. Caíste do céu, coisa!
E, bom, pra Thamires XD a gente brigou a pouco tempo, mas... Não faz isso de novo, okay? Te amo, bitch.
Ah! COMENTEM e me façam feliz!









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