Capítulo 1
Five Colous In Her Hair
Essa é uma história como qualquer outra. Mas não é daquelas que se acontece em qualquer esquina, em qualquer lugar. É incomum, rara e apaixonante. É o amor e o companheirismo vencendo qualquer barreira que a sociedade pode criar. Certo, vou parar de enrolar e começar a história. Vocês já devem estar curiosos, não?
Pois bem, tudo se passa em um colégio da área nobre de Londres, conhecido por ser um dos melhores do país, o H.G. Wells High School. Embora seja um colégio de elite, ele é como todos os outros: dividido estrategicamente em grupos. Para quem olhasse de fora, parecia horrivelmente cruel.
- E sete e oito! Um, dois... Tá errando muito, Cher! Acerte-se ou fique fora da equipe! 'Bora, cinco, seis, sete e oito! - A garota repetia para o resto do grupo, sob os olhares de dezenas de pessoas jogadas em volta do campo de futebol americano. Ela era a capitã da equipe de torcida, , estatura mediana, cabelos castanhos e olhos de um tom um pouco mais esverdeado que o dos cabelos. A garota mais desejada da escola, sem dúvidas. Mais a frente, ou melhor, no meio do campo de futebol, estava o garoto mais popular da escola treinando. Harry Judd era o que se podia chamar de Deus grego. Alto, olhos estupendamente azuis e cabelos desgrenhadamente penteados de vários tons de loiro até o quase preto.
Do outro lado do campo a banda da escola ensaiava empolgada. No meio dos instrumentos de sopro, um casal se sobressaia não só por tocar, eles dançavam o tempo todo! Danny Jones era um tipo de garoto que poderia se chamar de estranhozinho, mas não podia dizer que era feio. Só mal cuidado. Suspeito que ele devia passar muito tempo ensaiando sua gaita,esquecendo-se de pentear seus belos cachinhos que, no momento, caia de forma sublime, e no ritmo da música, por cima dos seus olhos azuis celestes. A garota que se animava ao seu lado Williams, dançando junto com ele, também não era o que se podia chamar de normal. Creio que daria um troço se parasse para olhá-la uma vez, sem querer. Quebraria os óculos que escondiam os belos olhos verde-água da garota, sem dúvidas, e a levaria ao cabeleireiro. Compraria-lhe roupas novas, também. A proibiria de usar calças tão terríveis quanto aquela.
Logo em frente à banda, passava um grupo de cinco pessoas, admirando algo no chão. O garoto mais baixo do grupo, Dougie Poynter, levava uma iguana por cima dos cabelos loiros que saiam penteados de casa, mas eram despenteados pelo bichinho que ele apelidava carinhosamente de Zukie. Tinha os olhos azuis claros fixados no chão, parecia o mais empolgado. Era o tipo de garoto que se esperava ter os bolsos cheios de sapos. Ao seu lado, uma garota de tranças, , quase da mesma altura que ele, pulava alegremente ao seu lado. Ao receber um olhar zangado do mesmo, se acalmou. Ela tinha os olhos escuros e não se sabia definir a cor do cabelo dela. Haviam várias delas, sem dúvidas, misturadas nas duas tranças que caiam graciosamente pelos ombros. A garota também usava um boné e suas calças eram tão largas quanto as do menino de olhos azuis. De repente, um de seus amigos gritou e saiu correndo, fazendo o resto do grupo correr atrás dele, urrando e rindo alto. Levaram um olhar assombrosamente feio de um garoto loiro de olhos castanhos, Thomas Fletcher, que se encontrava jogado na grama junto de seus companheiros de estudos, desalojados por uma biblioteca em obras. O garoto ao seu lado soltou algum comentário sobre a segunda guerra mundial que o fez sorrir e mostrar a única covinha, alojada em sua bochecha esquerda. Jogada à sua frente, uma garota gargalhou, , mostrando os dentes completamente alinhados. Os cabelos escuros estavam ligeiramente em desalinho, porque colocara os óculos na cabeça, em algum momento da conversa, imitando as meninas populares. Mas, no momento, eles estavam de volta aos olhos, impedindo que as pessoas que a olhavam de longe vissem seus olhos azuis esverdeados, ou verde azulados. Nem ela mesma sabia dizer.
Por que estavam todos do lado de fora da escola? Lembra dos sapos de Dougie? Foram soltos mais cedo, no meio do refeitório. No momento, estavam perseguindo um fugitivo. O fugitivo parecia ter um lado sádico, ou talvez apenas gostasse de garotas e não sapas. Bom, não importa. O importante é que ele se meteu no ensaio das líderes. Uma bala pra quem acertar em que perna ele subiu. AHÁ! , é claro. Nosso sapo é um macho esperto!
O grito que ecoou poderia ter deixado a escola toda surda, mas já estavam acostumados com sons daquela altura. Freqüentavam festas, sabe? Mas se fossem crianças, acho que ficariam surdas.
- TIRA ISSO DE MIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIM! - continuava a gritar. Certo, toda a escola prestava atenção nela.
, Dougie se aproximaram com cuidado. pulava desesperada, tentando tirar o bicho, que agora estava pulando para o seu ombro, dela.
- Se parar de pular, eu tiro! - falou em tom mais alto, para que ela a ouvisse, mesmo com os gritos.
A garota parou de pular. Tremia de nojo.
- Com cuidado, - Dougie pediu.
- O que está acontecendo aqui? - Harold se aproximou, preocupado com . Não era segredo que os dois saiam constantemente.
- Aiai! Desculpa! Prontinho! - tirou o sapo da garota e sorriu para ele.
- SUA VADIA, PIRANHA, FILHA DUMA...
- HEY HEY! Continue me xingando assim e eu deixo o Fred te tarar, numa próxima vez. Você gostou dela, não é Fred? - perguntou ao sapo - Ela não é garota pra você! Toma, Dougster! Vê se não deixa ele fugir outra vez.
- Quer dizer que o sapo é do baixinho? - Harold olhou ameaçadoramente para Dougie, socando a própria mão.
- Isso mesmo, Harry! Pega ele! - apoiou.
- OW! Com licença! - se meteu no meio da briga. - O sapo está salvo, não houve grandes danos. Por que simplesmente não esquecem?
- E quem é você pra dizer o que eu faço ou deixo de fazer? - disse, rispidamente. - EU mando nesse colégio, queridinha.
- Acho que ela quer briga - riu. - Dougie, você não se garante, rala! - Acenou, expulsando o garoto. Ele lhe deu língua, puxando as duas tranças do cabelo da garota, levando os elásticos que as prendiam. Ela andou de volta ao meio da confusão, onde estavam e .
- Inveja é uma droga, né? - riu - Só porque o meu cabelo é perfeito e o seu é essa coisa estranha.
- MÚSICA DE BRIGA! - gritou, do meio da banda, que começou a tocar uma música bem mais rápida.
abaixou a cabeça e riu, levando as mãos à cintura. A trança começava a se desfazer, deixando as mechas tomarem forma, definindo as cores do cabelo e mostrando que ela tinha cabelos mais lisos que os escovados de . Muitos ali estavam impressionados com isso. Nunca haviam visto a garota de cabelos soltos.
- Quer mesmo partir? - riu. - Porque é isso que vai acontecer, você vai partir só com um soco meu.
- Ow! - Harry correu pro meio das duas, empurrando ambas pela cintura, uma longe pra outra - Eu sei que meninas brigando é muito sexy, mas eu prefiro que ninguém se parta aqui.
- Que a sua namoradinha não se parta, não é? - quase cuspiu as palavras - Fala sério, ela me partir? Ia começar a chorar na primeira unha quebrada! - soltou um risinho abafado. - É incrível como algumas pessoas combinam. - e virou as costas. - Bora, Dougster!
Harry ficou olhando a garota se afastar, sendo abraçada pelo garoto que ele não sabia o que era dela.
- Inveja, Harold, deixa pra lá! - puxou seu rosto para que ele a olhasse e lhe deu um selinho.
Harry não estava olhando para ela por estar com raiva ou algo parecido. Aquela garota estranha havia lhe chamado a atenção. Parecia ser feita de mistérios, como aquele que ele havia acabado de desvendar. Ela tinha cinco cores no cabelo.
Capitulo 2
Everybody Knows
'Atenção alunos, devido ao excesso de sapos no dia de ontem, provocado por alguns alunos do segundo ano, hoje teremos aulas de dissecação dos mesmos para TODAS as turmas'.
E aquele foi o aval final do diretor. Sem dúvidas, era o castigo que ele havia prometido.
- Dissecar sapos vai ser tão divertido! – estava saltitante, frente ao laboratório, conversando com Thomas, Samuel e Samantha sobre o quão educativo seria a aula. Samuel e Samantha eram gêmeos e amigos dos dois desde sempre. Eram muito parecidos, Ruivos, olhos verdes. Samuel era alguns centímetros mais altos que Samantha.
estava logo atrás dos quatro, ouvindo a conversa, enquanto vestia suas luvas de plástico, para evitar ao máximo o contato com o sapo, ainda não havia se recuperado do choque do dia anterior. Suas amigas fiéis companheiras, Camila e Paola que tinham cabelos escuros e olhos castanhos (beleza normal, para não tirarem os holofotes da primeira), colocavam as mesmas luvas, fazendo cara de nojo, ao imaginar como alguém podia estar se divertindo ao dissecar sapos. , Daniel e James estavam jogados à um canto. Danny e estavam tirando o cuspe de seus instrumentos de sopro (o que aumentava a expressão de nojo de e suas amigas), enquanto James deixava seus olhos azuis brilharem enquanto se distraia fazendo um origami.
Os amigos de Harry, garotos demais para serem citados e descritos aqui, conversavam, jogando uma bola de futebol americano um para o outro, enquanto o mesmo mantinha o olhar perdido na garota jogada ao chão, encolhida e com cara de poucos amigos. Essa era , os cabelos agora escondidos pelo capuz do casaco que parecia ter roubado de Dougie, que não estava nem um pouco feliz com essa aula. Tal como Dougie, Mark, Dean que haviam ido falar com o diretor sobre o absurdo de matar sapos daquela maneira. Katherine, ao seu lado, também não estava nada feliz. De momentos em momentos uma das duas batia com as mão no chão, de raiva.
Harry cutucou Chad, o amigo mais próximo. Esse parecia mais um monstro loiro que outra coisa.
- Festa na minha casa sábado. - ele decidiu, em cima da hora. - Quero que chame TODA A ESCOLA, sem exceções. Diga pro pessoal da banda pra eles tocarem, fale pros nerds que vai ter alguém importante lá, diga pros estranhos qualquer coisa relacionado à ets, que eles vão. E pro resto da escola, diga que a festa é minha.
Chad concordou com a cabeça. E se afastou da sala, antes da porta se abrir.
- Crianças .- A professora disse, fazendo as 'crianças' fazerem cara feia - Podem entrar!
Dougie, Dean e Mark chegaram e fizeram que não com a cabeça. e Kate fizeram cara de choro e os abraçaram. A professora viu que todos os alunos haviam entrado e olhou com cara feia para o grupo. Eles se largaram e pegaram as mochilas, a contragosto e entraram na sala, largando-as na estante.
A professora distorceu seu rosto todo ao entrar na sala e se deparar com a maioria dos alunos de par formado.
- O que é isso? - Ela perguntou - Podem se desarrumando, eu vou separar! - Ela parou, pegou uma lista e começou a falar, apontando pras bancadas – Hanna e Dean, Samuel e Paola, Thomas e , Samantha e Marcos, Katherine e Mark, Dougie e , Sandro e Wanessa, Andrew e Samara. - Nisso ela distribuiu metade da sala, arrancando careta de todos os selecionados. - e Daniel, Phillipe e Jannet, Jason e Yasmin, e Harold, Bartolomeu e Taylor, William e Martha, James e Camila, David e Anne.
- Eu não acredito que eu vou sentar com esse nerd o resto do ano! – reclamou.
- Esqueceu? Eu também estou com um nerd! – Paola bateu pés.
- Ao menos vocês vão tirar boas notas. Esse James Bourne é um inútil! – Enfureceu-se Camila.
bufou.
- Até mais tarde, garotas – E se dirigiu à segunda bancada, da primeira fileira. Bancada que dividiria com Thomas, Samantha e Marcos.
Na bancada atrás da onde sentou, Dougie e admiravam o sapo, sem nada falar nem fazer.
- Olha, você tem intimidade com sapos, você corte ele – se pronunciou.
- Eu não vou matá-lo! – Dougie se revoltou.
- Ele 'tá morto, eu acho – ela cutucou ele com um instrumento de dissecação que achou na bancada.
O sapo coaxou. deu um pulo e se escondeu atrás de Dougie. O garoto, por outro lado, deu um pulo e se aproximou do sapo.
- RIAN! – O sapo mexeu as perninhas, como quem queria pular. Dougie o pegou e o levou para perto da janela. Voltou à bancada, silenciosamente e levantou o braço – Professora, meu sapo fugiu!
soltou um risadinha abafada.
*-*-*
- Oi. - Danny fez
- Oi. - respondeu.
Passaram alguns minutos em silêncio, antes que Danny se pronunciasse novamente.
- Oi.
- Olá - respondeu, meio que rindo.
- Olá - Danny adquiriu a nova palavra em seu vocabulário.
- Oi.
O silêncio reinou novamente.
- Você quer fazer? - Danny apontou para o sapo.
- Posso? - Ela perguntou
- Pode!
*-*-*
se sentou de mal jeito, sem falar com ninguém da bancada. Harold olhava para ela, esperando uma reação.
- Que foi? - a garota perguntou, rispidamente, ao reparar que ela a observava.
- Tira esse capuz, eu gosto das cores do seu cabelo - ele disse, simplesmente.
Ela arqueou a sobrancelha.
- Não perguntei se você gosta - Ela disse, olhando para o outro lado.
Ele bufou e puxou o capuz da garota.
- Pronto!
A garota deu um pulo e colocou o capuz novamente. Mas foi tempo suficiente para que ele confirmasse e identificasse as cores do cabelo dela.
- 'Tá maluco? - ela se assustou.
- Azul, roxo, vermelho, verde e amarelo. Interessante! - ele sorriu - Por que esconde?
Ela olhou pra ele, desconfiando.
- Parece que é contra o regulamento da escola. Quando eu faço trança, eles não percebem. - Ela disse, por fim.
- Bom, desculpe então - Ela deu de ombros - Vai ter festa na minha casa amanhã. - Ela deu de ombros - Você vai?
- Não sei. Se eu não achar nada melhor pra fazer.
- Olha, na minha casa costuma aparecer uns Et's de Plutão. Eles não andam muito felizes desde que rebaixaram Plutão a satélite.
A garota olhou pra ele com os olhos brilhando.
- Você tá falando SÉRIO? - ela deu pulinhos animados - HEY, DOUGIE! - ela chamou a atenção de Dougie, bem na hora que a professora se afastou dele, que estava na bancada da fileira ao lado da sua - 'Bora na casa do Harold, amanhã! Costuma aparecer uns et's lá!
- SÉRIO? QUE MASSA! - E virou-se para falar com mais alguém.
- A gente deve ir, sabe como é! - A garota deu de ombros.
- Ótimo, ótimo.
*-*-*
- Olha, eu não estou nem um pouco satisfeita com o meu trabalho e nem com você, então faça o que quiser fazer com o sapo e eu fico aqui descansando a minha beleza, certo? - soltou, assim que se aproximou de Thomas.
- Ahn, certo. Você não iria ajudar mesmo - Ele deu de ombros.
- Não ia ajudar? 'Tá me chamando de inútil?
- E não é? - Ele riu - Fica sacudindo pompons e sendo jogada pro ar. Ou se maquiando e penteando os cabelos.
A garota fez-se de ofendida. Arrancou o bisturi da mão do garoto e avançou contra o sapo, cortando-o. Soltou um grito ao vê-lo aberto e entregou o bisturi para Thomas.
- Certo, muito bem! Não és tão inútil quanto pareces.
Capitulo 3
The End
Voltemos ao nosso campo de futebol, um dia depois do ocorrido dos sapos. Novamente, e como sempre, os grupos estão divididos. Todos concentrados em alguma coisa diferente e interessante para cada um deles. Bom, era recreio e algo chamou a atenção de todos.
'Atenção, pessoas! Festa na casa do Harold Judd amanhã, às 7! Teremos ET's e a presença de um grande cientista que está os estudando! Estão todos convidados! Inclusive a banda, que gostaríamos que tocasse lá.'
- Cara! Cara! - pulou em cima de Danny - Vamos tocar!
- Eu tinha que ir pro boliche...
- A gente vai lá, você tira folga! - fez cara de pidona - Por favooooooooor! Faz tempo que não te vejo com um violão, Danny!
- Tudo bem... Mas eu não vou dobrar no domingo, ou seja, você vai ter que me ajudar - Ele deu um sorriso que encanta qualquer garota.
- Ah, como você me maltrata, Dannyziiinho! - Ela reclamou, lhe dando um selinho - Muito, muito mau, você!
- Depois eu te mostro quem é mau, babe - E lhe deu uma piscadela, arrancando um 'ui ui' dela, junto com uma risada.
Levantaram-se e foram caminhando até a entrada do colégio. Passaram pelos estranhos, levando uma olhada nem um pouco amigável de Dougie.
- Dougster? - chamou. Estavam apenas os dois ali. Dean, Mark e Kate estavam fazendo algo no refeitório - O que você tem?
- Tenho nada não - Ele emburrou.
- Douuugsteeer! Eu te conheço desde pirralho, não mente pra mim! - Ela riu, cutucando-o - Diz logo!
- Não é nada, okay? - Ele emburrou - E vê se não me enche!
- Eita, eita - Ela se assustou - Não estou mais aqui, okay?
O Garoto bufou e ela olhou para o centro do campo. Harry acenou com a cabeça pra ela. Ele não estava nem um pouco interessado no jogo. Estavam discutindo uma técnica que ele estava cansado de usar. Estava mais preocupado na sua festa no dia seguinte. Em como afastar e se aproximar da garota dos cabelos coloridos sem perder a sua popularidade.
Em falar em , ela estava indo em direção ao garoto, com uma revista na mão.
- Com licença, treinador! - Ela sorriu, jogando os cabelos. Segurou Harry pelo braço - Posso roubar?
O treinador acenou afirmativamente e eles se afastaram dali sobre os gritos de 'uh, garanhão'.
- O que foi? - Harry perguntou à ela assim que eles chegaram as arquibancadas.
- Eu só quero o meu convite especial - Ela sorriu. Harry abafou a cabeça e acenou negativamente.
- Cara, , eu enjoei de você! - Harry se levantou e se pôs a descer as escadas.
- Mas... - balbuciou - GATINHO! O que houve?
Ele apenas acenou com a mão, como quem não estava ouvindo. Ela se levantou e pôs a segui-lo.
- Harry! Harry! - ela gritava. Tropeçou na arquibancada e quase caiu. Alguém a segurou.
- Você 'tá bem? - Uma voz masculina a perguntou.
- Não! - Ela disse com a voz abafada, as lágrimas começando a descer - ME TIRA DAQUI, POR FAVOR! - pediu, agarrando-o e escondendo o rosto.
Thomas olhou para os dois lados, imaginando como tiraria a garota do colégio.
*-*-*
- Alguém viu o Thomas? - ia perguntando nos corredores. - Thomas, um loirinho que usa óculos! Hey, Jones! Viu o Thomas?
- Ele tava lá na arquibancada agora à pouco.
- 'Brigada! - A garota virou as costas pra sair, mas voltou - Isso daí é um violão? - Ela perguntou. O garoto tinha entrado e saído da sala de música, deixando lá dentro, ensaiando flauta.
- É o que parece. - Ele riu - É meu, deixei-o na escola por causa de um aluno que queria aprender...
- VOCÊ TOCA? - ela riu alto - Deixa o Thomas saber disso!
- Ahn?
- Cara, vem comigo! - Ela puxou-o - Ele tá doido atrás de gente que toque...
*-*-*
- Eu não quero tocar nada, diretor! - Dougie reclamava. apenas via o amigo se afastar, às gargalhadas.
- Castigo pelos sapos, Poynter! - O diretor o puxava pela blusa surrada que o garoto usava - Sem contar que sua mãe me ligou e disse que você toca baixo muito bem.
- Mas... - Dougie olhou pra , pra pedir ajuda, mas a garota passou o dedo pelo pescoço, rindo.
viu o amigo se afastar, antes de voltar a atenção pro campo. Harold não está mais lá. Olhou para os lados e ouviu uma gargalhada atrás de si. E olha que era uma gargalhada bem sexy, viu?
- Me procurando? - Ele se sentou ao lado dela. - Eu sei que sou irresistível, mas você não precisa ficar me olhando o tempo todo, precisa?
- Não sei... Você precisa ficar sorrindo pra mim e vindo, estranhamente, falar comigo? - Ele fechou o sorriso - Seu amigos vão ficar zangados - Ela apontou com a cabeça pro meio do campo de futebol. - E a sua namoradinha, nem um pouco feliz.
- Eles que se explodam!
- Bom, se eles se explodirem, sua popularidade vai junto - Ela suspirou - E você vai automaticamente ser transferido para o grupo dos estranhos, por estar conversando comigo agora - Ela deu um sorriso meigo.
- Eu não estou mais com a . - Ele disse.
- Bom pra você! - Ela riu - Não é tão lixo quanto ela.
- Me chamou de lixo, estranha?
- Oh, você me ofendeu, agora! - Ela o empurrou - Lixo, não consegue me pegar - E saiu correndo.
- Ah é?
*-*-*
- Eu não acredito que eu vou ter que me juntar a banda! - Dougie chutou a porta. A garota que estava lá dentro tomou um susto - Opa! desculpa, .
A garota deu de ombros.
- O que você 'tá fazendo aqui? - Ela perguntou.
- Acho que é o meu castigo. O diretor ligou pra minha mãe e ela deu a magnífica idéia de me colocarem pra tocar baixo na banda!
- Você toca baixo? - A garota interessou-se.
- É, mas... Bom, eu não queria, sabe? - Ele coçou a cabeça - Prefiro ficar lá fora contando as formigas com a ...
- Que vagal, você - ela riu - Por que não toca umas notas pra mim?
- Não, me deixa ser vagal aqui dentro, vai? - Ele fez cara de pidão, finalmente indo se sentar ao lado dela. - Eu não gosto de tocar assim, sabe? Sem estar preparado.
- Mas aqui... - Ela se levantou e pegou um violão em um canto - é pra se preparar. - Sorriu - Vai, eu não ligo!
Ele deu um meio sorriso e pegou o violão.
*-*-*
Usando seus incríveis poderes nerds 'eu sou certinho, se eu digo que eu preciso sair da escola pra levar a garota em casa é porque é verdade!', Tom conseguiu tirar da escola. No momento, os dois vagavam pelas ruas, apenas duas quadras distantes.
- Então, quer que eu te leve em casa de verdade? - Tom perguntou.
A garota andava torcendo as próprias mãos, encolhida e olhando pro salto. Virava e mexia, tropeçava no salto que usava. Levantou o rosto e olhou pro garoto. Era bem bonito, só não muito bem cuidado.
- Me leva ao shopping? - pediu - Eu quero comprar. Comprar me faz bem.
Ele riu.
- Vamos andar mais uma quadra, aí eu pego o meu carro e te levo ao shopping, okay?
Capitulo 4
Crazy little thing called love
- Sr. Thomas deixou a escola acompanhado da Srtª. há alguns minutos. - O proteiro informou.
- Hum... Obrigada, tio - sorriu para ele e se voltou à Danny - Desculpe...
- Não tem problema. Se você quiser passar o seu tele... o dele, quer dizer. O telefone dele, é. Aí eu falo com ele mais tarde.
- É o jeito, né? - tirou o celular da bolsa, ignorando os gaguejos anteriores de Danny. Anotou um telefone em um papel e passou a ele - Toma! Liga pra ele, tá? Eu acho que seria legal, vocês dois numa banda - E sorriu, docemente.
- Também acho que seria legal, mas vamos ver, né? - Ele encostou o violão na parede e abriu a mochila pra guardar o papel com o telefone. Um outro papel qualquer caiu e se abaixou para pegar. E ela é muito curiosa.
Abriu o papel docemente e leu algumas linhas sem que Danny percebesse.
- Daniel, o que é isso? - ela perguntou.
Ele largou a mochila ao lado do violão e deu a volta nela, ficando atrás, para ler o papel.
- Ah, é algo que eu escrevi. - Ele deu de ombros.
- Uma música? - ela se empolgou - Ah, que linda!
- É, mas não tá pronta. - Ele riu e tirou o papel da mão dela. - Ainda não terminei a melodia.
- Ah, mas... - Ela fiz bico - Mostra pra mim quando terminar, tá?
- Mostro sim, moça - Deu-lhe um beijo na bochecha - Até a próxima, então.
- Tchau. - ela acenou.
*-*-*
- Okay, você me pegou. - Ela riu - Mas saia de cima de mim antes que o clima fique romântico.
Judd se remexeu um pouco mais por cima dela, que estava estirada no campo de futebol, e aproximou os rostos.
- Por que, huh? Você não gosta? - Ele encostou o nariz no dela.
Ela o empurrou e sentou na grama, abraçando os joelhos. Ele, jogado de qualquer jeito na grama, levantou as sobrancelhas pra ela, que agora tentava se encolher mais ainda.
- Desculpa - Ele sussurrou - Eu achei... Eu achei que você queria...
Ela simplesmente suspirou e andou de volta ao colégio. Ele ficou vendo-a sair sem saber o que fazer.
*-*-*
- O que você acha dessa bolsa? - perguntou pra Thomas. A bolsa era vermelha. Mais vermelha que o próprio sangue da vendedora que esfregara a bolsa na cara de .
- Combina com aquele vestido, ó! - Ele apontou pra um vestido verde-limão que, definitivamente, não combinava nada com a bolsa.
- Tem certeza? - perguntou, estranhando. Tom confirmou com a cabeça - Okay, vou levar o vestido também. Acho que só isso.
SÓ. Definitivamente, essa não era a palavra que definia as compras de . Havia, pelo menos, vinte bolsas no chão, esperando pacientemente por Thomas, para carregá-las. Prada. realmente adorava a marca. E quando sairam dali, sem nada e Thomas sendo cavalheiro novamente, ela já nem se sentia mais triste, mas garantira que era pelas compras, e não pelo garoto que a acompanhara.
*-*-*
- Ai, que linda! - aplaudia Dougie pela musica que ela insistira que ele tocasse.
- Gostou mesmo? - Ele se aproximou dela. Ela concordou com a cabeça - Foi pra você! - Ele sorriu pra ela e a beijou. A garota estranhou por um momento, afinal não sabia como se comportar, ela tinha um namorado! Mas, antes que ela deixasse a ficha cair e o empurrasse, aconteceu a única coisa que não poderia ter ocorrido em hipótese alguma.
- , eu tava com...- Danny abriu a porta falando e os dois se separaram em um susto. O garoto à porta arregalou os olhos, mas nada disse.
- Danny, eu... - começou.
- Nem fala nada, okay? - Danny disse, com a voz embargada - Você sabe o que fez e eu acho que não preciso falar que acabou. - E fechou a porta, saindo do recinto aliviado. Não que ele não gostasse da garota, mas agora havia alguém por quem ele andara encantado. Depois conversaria com , e que ambos continuassem amigos, mas por enquanto, estava tudo bem pra ele.
Capitulo 5
Point of View
- Dougie, Dûûûûg! - gritava à porta da casa do garoto. Ela estava usando um vestido verde e sapatos brancos, os cabelos incrivelmente soltos, mostrando, finalmente, que as cinco cores eram dispostas em mechas de mesmo tamanho. Pronta pra festa de Harry que começaria, em aproximadamente, meia hora.
Doug atendeu a porta apenas de boxers.
- Ah, oi, - ele cumprimentou-a, desanimado.
Na verdade, Doug estava semelhante a um zumbi. Suspeito que Zukie estivesse precisando de comida desde o dia anterior. Mas voltando ao dono do bichinho, ele estava com olheiras e todo meio acabado, parecendo ter se arrastado até a porta. Mas estava animada demais com as possibilidades e possíveis acontecimentos da noite para reparar no péssimo estado do amigo.
- Vai se vestir, Dougster! Esqueceu da festa?
- Ah, eu não vou... - Balbuciou.
- Mas...
- Hey, weirdo! - Um caminhão parou em frente a casa de Dougie e pessoas acenaram, chamando para ir até ele.
- Vai lá, - Doug riu baixinho - Depois me conta tudo, tá?
sorriu pra ele e lhe deu um beijo na bochecha.
- Te adoro, Dougster!- e correu em direção ao caminhão.
Agora vamos voltar um pouco no tempo, mais ou menos uma hora, e descobrir o que o caminhão faz ali.
- CHEGUEI! - uma voz grossa gritou, da entrada da casa.
- Pai? - Daniel desceu as escadas, pronto pra festa e estranhando encontrar o pai em casa.
- Que foi? - O homem o olhou, rindo - Eu disse que viria hoje - aproximou-se do filho e lhe deu uma chave - Leva o caminhão pra abastecer pro seu velho, filho? Eu gastei quase todo o resto que eu tinha levando os instrumentos até o estúdio.
O pai de Danny dirigia o caminhão que carregava os instrumentos de uma orquestra, onde também tocava. Ali, naquele momento, a idéia do caminhão ser útil, pela primeira vez em sua vida, brincou no cérebro de Danny, como um milagre.
No presente, ouvia a história às gargalhadas, contada por , a primeira que havia sido pega pelo veículo.Kate e Dean estavam por ali também, mas ocupados demais um com o outro. Sammy e Sam, amigos de , brincavam com um cubo colorido, bastante distraídos. Havia outras várias pessoas que foram pegas pelo caminho que Danny fez.
- Você 'tá bonita! - sorriu para a garota.
sorriu. Ela usava uma jeans escura e uma blusa azul céu, deixando seus olhos mais azuis que verdes, agora, não tampados pelas lentes dos óculos, já que sua mão a obrigara a usar lentes.
- Seu cabelo é... hum... diferente - riu.
- É, né? - riu da garota.
O caminhão parou novamente.
- Chama seu amigo aí, ! - Ouviram Danny gritar.
e correram até a borda do caminhão.
- Hey, Tom! - gritou - Vamos? carona!
- Eu não vou! - Ele gritou de volta.
- Eita! - riu - Esses homens estão frescos, hoje Só o Danny presta! - Danny buzinou, abafando a sua gargalhada. As meninas acenaram para Tom, que continuou o seu caminho, vendo o caminhão se afastar enquanto cantarolava uma música que ele andara compondo.
A poucas quadras dali, caminhava de um lado para o outro em sua casa, impaciente. Como as coisas chegaram àquele ponto?
Ela via-se sozinha na sala, imaginando Harry, a festa e tudo aquilo que ela estava perdendo. Todos notariam a falta dela, não é mesmo?
Assim como em filmes de adolescentes, essa é a hora em que a patricinha fútil descobre que a quantidade exorbitante de pessoas que a cerca não passa de meros fantoches. Mas tal como em um filme adolescente, ela precisa de um 'príncipe encantado' do Reino da Covinha acabara de tocar a campainha.
Ela correu até a porta, abrindo-a em seguida, e deparando-se com Tom.
- O que você está fazendo aqui? - Sobressaltou-se ela, intrigada.
No fundo, ela estava feliz por vê-lo. Ela sabia que estava.
O garoto sorriu de canto, mostrando a covinha, e disse, zombeteiro:
- Um 'olá, loser' já servia!
Ela deu um sorriso sem-graça e corrigiu-se:
- Olá, Fletcher! Gostaria de entrar?
- Nossa, que honra! - e ele fez uma pequena reverência – Será que sou digno desse conclave?
rolou os olhos, impaciente e puxou-o para dentro, fazendo menção para ele sentar no sofá.
Ele analisou-a por inteiro e, definitivamente, aquele garoto não era um dos mais discretos. Tom notou que ela estava com os cabelos atados em um rabo de cavalo e que ela vestia uma babylook simples com um short jeans, e o que deixou-o mais surpreso: estava sem maquiagem alguma!Ela parecia tão humana, tão acessível. Não que antes ela fosse alguma ET que morasse em Uranus, mas ela era uma idealização de garota perfeita. E vendo-a daquela maneira, deixou-o satisfeito.
- E então, não vai para a festa? - ela indagou, visivelmente ressentida ao falar da festa.
Ele não ouviu a garota. Na verdade, ele estava olhando pro rosto dela, notando agora o óculos no rosto, e acabou por ignorar a pergunta, balbuciando:
- Você está tão...
- NERD? Eu sei. - Ela interrompeu, tirando os óculos e soltando os cabelos.
Na certa, não tinha percebido que estava vestida daquela maneira até o momento que Tom congelou o olhar nela.
- Eu ia dizer 'diferente', mas sim... NERD também! - riu-se ele
- Você não vai à festa? - reforçou ela.
- Ah, por que eu iria? - ele fez cara de descaso.
- Porque todo mundo vai? - tentou ela.
demoraria para perceber que Tom não era como todo mundo. Ele não era apenas mais um nerd naquele colégio.
- Mais um motivo para não ir. - Disse simplesmente – Trouxe alguns filmes para assistirmos, está interessada?
Ela arqueou a sobrancelha, e inquiriu:
- Você vai passar o dia comigo?
- Se não quiser, tudo bem... - ele deu de ombros e levantou-se.
- Não! Claro que quero! - apressou-se ela, levantando-se também e puxando-o pela mão.
Não precisa dizer que ambos coraram com aquele mínimo contato. Eles afastaram as mãos como se tivesse dado choque e ficaram olhando o chão, desconfortáveis.
- Er... Que filme você trouxe? - Quebrou o silêncio a menina.
Ele mexeu no cabelo, embaraçado, e começou a explicar:
- Olha, eu juro que ia trazer algo como 'meninas malvadas' ou 'o diário da princesa', mas... - Ele fez uma pequena pausa, tirando um box com seis dvd's - Lá em casa só tinha Star Wars, Vanilla sky, De volta para o futuro...
Ela deu um pulo, tirando os dvd's da mão dele.
- Uhull! Star wars! - comemorou ela - vai colocando aí enquanto eu faço pipoca - e ela jogou os dvd's no sofá, sumindo por uma porta que ele acreditou que a levava à cozinha.
Pára tudo. A garota mais popular do colégio gostava de Star wars? Tom ficou tão surpreso quanto vocês deveriam ter ficado.
- Onde 'tá o controle? - ele berrou da sala.
- Em cima da estante! - gritou a menina de volta.
Ele seguiu até a estante onde havia várias fotos. Na frente havia fotos de com suas roupas de líder de torcida e algumas outras meninas ao seu lado. Em outra, ela estava com a coroa de rainha do baile. Fora a única garota daquele colégio que, embora fosse novata, tinha sido escolhido como rainha no baile dos veteranos. É, ela tinha motivos para ser metida, não acham? Tom não parecia impressionado por esses 'feitos' da menina. Atrás desses porta-retratos, Tom avistou um antigo, um pouco empoeirado. Sorriu ao pegá-lo e visualizar uma garotinha graciosa de cabelos castanhos, que brincava cm um cachorrinho labrador preto. Ele reconheceu como , as feições não haviam mudado muito. Na foto, ela deveria ter uns seis anos e estava alegre como nunca vira anteriormente. Futucou um pouco mais os porta-retratos e achou um outro, que o fez gargalhar alto. , agora com aparentemente nove anos, estava com maquiagem completamente borrada, como se tivesse tentado parecer mais velha, de maria-chiquinhas e roupas que aparentavam ser de sua mãe. Ao seu lado, uma outra garota vestida igualmente. Tom pausou o olhar na garota, por alguns segundos. Ela pareceu-lhe familiar. Os traços delicados, o olhar infantil. De onde ele a conhecia? Sei que vocês devem estar curiosos, mas as coisas serão explicadas no decorrer da história.
Ele percebeu que o vidro do porta-retrato estava quebrado e resolveu colocá-lo de volta para não acabarem achando que fora ele. Sentiu alguém pular em cima dele e viu que era com dois baldes de pipoca.
Vocês devem estar se perguntando: "Como ela fez isso sem derrubar a pipoca?". Não, ela não é tão esperta. A pipoca derramou um pouco e os dois caíram, ele em cima dela, deixando os rostos separados por uma distância mínima de centímetros. Ambos ficaram paralisados com o contato visual que insistiam em manter. O garoto desviou o olhar dos olhos para a boca dela, que parecia puxar-lhe com uma força impressionante. Naquele momento, ela conseguia sentir a respiração dele como se fosse a dela própria. O cheiro das peles se fundindo...
Calma, gente! eles não vão se beijar! Não ainda... Eita povo apressado.
desvancilhou-se de Tom com um pouco de dificuldade e deu um sorriso. - Colocou o filme, loser? - ela indagou.
Ela precisava mesmo lembrar que ele não era ninguém? Ele era apenas o loser nerd de sempre. Então, se ele era apenas isso, por que ela sentira impulso de beijá-lo?
- Ainda não, garota dos pompons - riu-se ele, pegando o controle da estante, por fim.
Capitulo 6
Do ya?
Vamos deixar os dois pombinhos quietos um pouquinho, enquanto ligam e começam a assistir a longa maratona Star Wars. Vamos ver o que acontece com ? Ou vocês acharam que eu havia esquecido dela? Não mesmo! Mas parece que ela esqueceu dela mesma.
Oras, não que ela necessitasse de Danny pra viver, na verdade ela andara se encantando por Dougie, embora não quisesse assumir, mas Danny era a única pessoa que realmente a apoiava naquela escola. Eles eram amigos há muito tempo e ela temia, mais do que o namoro, que ela tivesse perdido isso.
Dougie a deixara bastante confusa agora. De alguma forma, ele conseguira seu telefone e ligava para ela de meia em meia hora.
Certo, o que pessoas sadias fazem nessas horas? Sorvete. E como o caso era grave, de chocolate, é claro. Sorvete de chocolate. Quem precisa de homens com uma coisa tão maravilhosa? Com certeza não há nada melhor.
Pois bem, quem quer que fosse que entrasse na casa aparentemente vazia da família Willians se depararia com uma garota nos seus mínimos trajes de dormir jogada ao degrau mais baixo da escada. Seus pais estavam na sala assistindo TV, que ela conseguia ver da onde estava, sem ser notada pelos mesmos.
Ouviu passos na escada, mas não se moveu. Sabia quem era.
- E aí? - Dave, seu irmão, a cutucou e sentou ao seu lado, roubando um pouco de sorvete com o dedo.
- Porco. - tentou ofendê-lo, sem sucesso.
- Também te amo, pirralha.
- Obrigada.
Dave a empurrou, de leve, com os ombros.
- Conta aí, o que houve? Foi expulsa da banda? - Ela o olhou, assustada – Ah, deve ser algo bem sério pra você estar vegetando.
- Não, é que... Eu e o Danny...
- Aquele panaca te fez algo? - Ele se levantou, segurando-se para não alterar a voz e chamar a atenção dos pais.
- NÃO, DAVE! - ela puxou-o pelo braço e o fez sentar de novo. Deu um tchauzinho para os pais, de quem seu grito fizera dar pulos. - Foi assim. - Recomeçou ela, assim que os pais voltaram-se para a TV. - Um garoto me beijou e o Danny viu.
- Ah, então quem aprontou foi você!
- DAVE!
Ele riu. O telefone tocou e ele saiu pra atender. Poucos minutos depois, ele voltou com o telefone e passou pra , que se pôs a recusar.
- Atende logo, droga! - Dave esfregou o telefone no rosto dela, deixando-a sem opção.
- A...A...lô?
- ? ! - Ela ouviu a voz eufórica do garoto, do outro lado da linha – Ainda bem que você atendeu!
- É... Eu... Estava... Hum... Morgando!
- Morgando ainda? Não quer sair? Sei lá, ir à lanchonete perto da escola...
- Não, Doug, obrigada. - Ela foi fria. O garoto perceber e escondeu a euforia, falando em tom sério:
- A gente precisa conversar, .
Ela tremeu com o tom de voz dele. Ela não estava gostando do poder que ele poderia vir a exercer sobre ela caso continuasse a falar daquela forma.
- Eu... Dougie, eu...
- Passo aí na tua casa em 30 minutos. - e desligou.
Certo, agora não tinha como ela não aceitar. Enquanto nossa pobre flautista se matava de ódio por Dougie Poynter, a festa mais badalada da cidade começava a fervilhar de gente. E, nesse exato momento, a última pessoa descia do caminhão. Quem era? A Senhorita que recusava as insistentes ofertas de ajuda do Senhor Jones.
- Danny, por favor. Eu consigo descer sozinha.
- Mas eu quero te ajudar. É pedir muito?
- Danny!
- Certo, certo! - ele bufou e deu dois passos pra trás.
A garota pulou da caçamba do caminhão e Danny não controlou seu impulso de apartá-la. E que bom que ele fez isso! Ela esquecera que estava de salto e quase torcera o pé. O problema criado aí foi que eles ficaram assustadoramente perto.
Ai meu santinho Benedito, será que eles se beijam agora?
- Eu disse que você precisava da minha ajuda – Ele disse com a voz grave e rouca, sem tirar os olhos dela, mas alternando entre olhar em seus olhos e para a boca.
- Eu deveria ter te escutado... - Ela falou com a voz falhada.
- É... - Ele se aproximaram, as bocas roçaram levemente e ele chegou a puxá-la mais pra perto, pela cintura, com o intuito de aprofundar o beijo. Mas é claro que não seria tão fácil, não é?
Pois bem, ou eles paravam de se beijar ou eram atropelados. É, era uma festa e eles estavam no estacionamento improvisado onde centenas de adolescentes inconseqüentes estacionariam seus carros. É, eles podiam ter morrido. Mas Danny os jogou embaixo do caminhão a tempo de se salvarem do jaguar que passou cantando pneus e quase arranhando o caminhão.
- Ai. - reclamou, sentindo o peso de Danny sobre si.
- Desculpa! - Ele se desvencilhou dela com dificuldade por causa da pouca altura do chão ao caminhão e deitou-se ao seu lado.
- Tudo bem. - Ela se abraçou, envergonhada, sem saber como agir.
Eu já mencionei que o nosso Jones não é muito esperto? Pois é, é o que ele aparente ser. Mas devido aos últimos acontecimentos, estou começando a achar que ele é bem mais esperto do que aparenta ser. Ele reparou, demasiadamente rápido, no constrangimento da garota e debruçou sobre ela, afim de roubar-lhe um beijo e acabar logo com o bloqueio que fora criado.
- Não, Danny – Ela o empurrou, levemente.
Ele se jogou ao lado dela, bufante.
- Eu achei que você queria! - E bufou novamente.
- Não... quer dizer, sim, mas...
- Tinha que ter um 'mas'! - ele socou a roda do caminhão e ela sorriu de lado. Interessante saber que ele queria tanto beijá-la.
- É que parece que não era pra ser, sabe? - Ele concordou, relutante – A gente pode esperar... sei lá, outro momento. Não quero tentar reutilizar um momento que simplesmente não deu.
Sem ter o quê retrucar, ele acompanhou-a para longe do caminhão e até a casa, atento a qualquer coisa que pudesse criar 'um momento'.
Capitulo 7
Saturday Night
Bom, as coisas parecem que estão começando a se desenrolar, não? Ah, elas podem se enroscar mais a qualquer pequeno deslize.
E em falar em deslize, parece que vai começar um bem grande agora. Afinal, nas festas que os adolescentes fazem as piores merdas movidas a álcool.
- Quero pegar ela. - Harry disse pra Michael, apontando com o queixo pra que acabara de entrar na grande casa.
Vamos falar da grande casa e ver se vocês conseguem imaginá-la. Sabe um campo de futebol? Pois é, a casa era uns dois maracanãs. Branca e superiormente linda. Era tudo impecável nela. E havia um campo de, aparentemente, Críquete logo ao lado da piscina, aos fundos da casa, onde também se erguia uma churrasqueira imponente.
Voltando para a cozinha, de onde se via o hall de entrada, Michael respondera Harry.
- Pra comer e jogar fora, não é? - Ele riu – Não acho que deva ter mais que isso com ela. E, bom, aproveite, ela é gostosinha.
Harry riu torto.
Oh-ow.
- Do quê falam? - Chad chegou, já se metendo.
- Harry quer comer a estranha do cabelo colorido – Michael apontou para com o copo de cerveja.
Chad a olhou de cima a baixo.
- É até uma boa. - Ele concordou – Aliás, se você não pegar, eu pego – e riu – E é melhor que ela esteja bêbada.
Harry ainda mantinha o sorriso torto e malicioso quando a garota lhe acenou timidamente e os amigos se afastaram. Ele a chamou com um gesto e a garota se aproximou sorrindo. Ele colocou o copo que segurava em cima da bancada em que estava apoiado.
- Olá! - Ela levantou os pés ligeiramente quando cumprimentou-o.
Ele riu e a puxou pela cintura dando-lhe um selinho.
- Olá! - Ele lhe respondeu, deixando-a desnorteada.
Certo, aquela reação fora um pouco diferente da reação ao 'quase' do dia anterior. A diferença? Harry Judd podia ficar sexy com o uniforme da escola, mas, definitivamente, ele era o pecado em pessoa com aquelas calças jeans largas e camisa da Famous, star and Straps. Mesmo assim, ela se controlou e deu alguns passos atrás. Aprendera, cruelmente, a não confiar em populares. Ou em pessoas cegas pela popularidade.
Ele riu, embora achasse que ela não deveria ter dado os passos para trás e conseqüentemente concluiu que se ela não tivesse feito, eles já estariam atracados no momento.
Onde costumam aparecer os ET's? - ela perguntou, olhando pra tudo o que é lugar, menos pra ele.
- Ahn? -ele ficou confuso.Claro, não havia ET algum. - Ah, sim! - se corrigiu – É lá em cima, depois te mostro. Quer uma bebida?
Judd está de parabéns, não é? Bom, muito bom, estrague a história que tenho tanto trabalho em contar.
Vamos deixá-lo de castigo por um tempo, voltemos a atenção para e Tom.
A sala estava ligeiramente silenciosa. Exceto pelo barulho da televisão e, de tempos em tempos, o urro de felicidade dos dois presentes. Já estava terminando primeira trilogia. E, quando a mesma terminou, o silêncio foi quebrado pelo barulho de palmas.
- Eu AMO, AMO, AMO esse filme! – ficara de pé no sofá e começava a pular, derramando os milhos de pipoca que não estouraram em Tom.
Ele riu, levando às mãos para se proteger dos milhos de pipoca.
- Oh, desculpe, Tom! – Ela riu e parou de pular.
- Não, não. Continue! Extravase seus sentimentos, você anda precisando disso.
A garota se jogou no sofá, sentada, e pôs se a pensar. O que ele queria dizer com isso?
- Extravasar meus sentimentos? – Ela perguntou confusa – Mas... O quê?
- Ná, eu sei que os populares ignoram seus sentimentos apenas para serem idolatrados como aqueles que sempre estão bem. Mas isso acaba com a pessoa, por dentro.
o olhou de cima à baixo.
- Você é estranho, Thomas Fletcher.
- Eu sou normal. Loser, mas normal. –Ele riu. – Você que é estranha.
- Eu não sou estranha! – gargalhou ela.
- Oras, uma pessoa que não chora quando quer, que tem amigos que não se importam e que descarrega qualquer tipo de sentimentos em compras certamente não é normal. – disse, sem pensar.
O sorriso dela se desfez rapidamente e os olhos castanhos se arregalaram em surpresa.
- Eu... Eu... Eu sou normal! – Ela indignou-se.
- Se você diz. – ele deu de ombros. – Vamos assistir como tudo começou então, pessoa normal.
Ding dong. Não, isso não é mais por lá. É Doug na casa de . É eu mudo as cenas, mas aviso, tá? Eu mando aqui. HAHA.
Dave atendeu a porta e analisou o garoto, deixando-o ligeiramente receoso.
- Ela já vai descer. - Anunciou – E é bom não aprontar nada com ela ou vai se ver comigo.
- Er...
- Vamos? - apareceu à porta, empurrando o irmão para dentro e fechando a mesma.
- Você está bonita. - Ele sorriu pra ela. Mas ela soara bastante grossa na resposta.
- Obrigada. Você está como sempre.
- Hum... Obrigado, eu acho.
Eles caminham em silêncio até a lanchonete. Escolheram uma mesa ao fundo para se sentarem. Ou melhor, Dougie escolheu. não parecia muito animada pra escolher.
- Eu queria te pedir desculpas por...
- O que desejam? – A garçonete se aproximou da mesa, fazendo Dougie bufar por ter sido interrompido.
- Um pouco de privacidade, no momento, logo pediremos. – Dougie respondeu. A garçonete acenou com a cabeça e se retirou. – Então, como eu ia dizendo. Me desculpa? Sabe, no ginásio, eu era completamente louco por você. Loucamente apaixonado mesmo. Mas eu era muito pirralho, não tinha atitude. Quando eu te vi, só você e eu, naquela sala de música... Eu não pude resistir. Eu, simplesmente, estou... não acho que eu esteja apaixonado de novo, mas - não sei - você sempre me encantou. Eu sempre quis ficar contigo, ser o motivo do seu sorriso.
abaixou a cabeça e deixou-se sorrir.
- Tudo bem, Dougie.
Ele sorriu.
A festa, à essa altura, já estava bombando. Já haviam pessoas bêbadas demais e, bom, quase se comendo escondidos próximos à um galpão no jardim. Ah, e na piscina também.
Mas um casal ainda estava se curtindo à moda antiga. Danny olhava pra , sorria e quando ela o olhava e sorria, ele desviava o olhar. Ela fazia o mesmo.
- , huh, você quer...? – Ele tentou apontar pra pista de dança, mas acabou apontando pra um casal que se pegava imprensados na parede.
- DANNY! – Ela bateu nele, com força.
- Credo, o que eu fiz? – Ele acariciou o braço, ligeiramente dolorido pelo soco da garota. Mas como é forte! pensou.
- Isso é proposta que se faça, Danny? – Ela estava indignada.
- Mas eu não fiz nada! – Pobre Danny. Tinha que prestar mais atenção nas coisas que faz. Ou melhor, nas coisas que ele aponta e sugere que ele e façam. Ou ele vai acabar apanhando pra sempre.
- Como não fez? Presta atenção! – Não disse? Dá pra perceber quem vai ser o homem da relação, não?
Então ele finalmente percebeu pra onde apontava.
- Ah, desculpe, ! Não era isso... Era... – ele coçou a cabeça e apontou pra outro lugar.
- Uhn? VOCÊ ‘TÁ MALUCO, DANIEL? – Ela gritou. Ele tinha apontado para o banheiro.
- Ai meu Deus, ! – Ele levou um susto com o grito da garota. O que estava fazendo de errado?
- QUÊ É?
- , eu não quis dizer isso! – Ela não sabia o que ela tinha entendido, mas definitivamente não era o que ele queria que ela entendesse.
- ‘Tá, mas eu também não quero ir ao banheiro. – MAS HEIN? Poxa, Daniel! Aponta pro lugar certo, dessa vez!
- Er... – Estava explicado. – Quer...? – e apontou de novo. Pra porta que dava ao jardim. Dá onde se via o galpão. Parabéns, Danny.
- DANIEL EU-NÃO-SEI-SEU-SOBRENOME-DO-MEIO JONES! – ela definitivamente não respirou nessa frase.
Danny se encolheu no assento.
- Desculpa, ! – disse, baixinho – eu não quis dizer isso – acho que ele já disse isso hoje – eu... É David Alan.
- Que seja!
- . – havia decidido falar, dessa vez e evitar mal-entendidos. – Quer...?
- Um pouco de ponche? Eu vou querer daquele vermelho lá, sim! Mas só um pouquinho, tá?
Danny deu de ombros e foi buscar.
O ponche vermelho que pedira a Danny estava batizado, é claro. Aliás, fora batizado por Harry. Não preciso dizer que fora a que mais tomou a bebida, não? Ela já estava bastante alta. Bastante mesmo. E quando as luzes foram diminuídas pra música romântica, Harry não fora frouxo como Danny.
- Quer dançar? – ele perguntou a ela.
Ela estava em cima da bancada da cozinha, se balançando de um lado para o outro. Não tinha percebido - ou não ligava – a mão que Harry colocara estrategicamente posicionada na coxa da garota, por debaixo do vestido.
- Eu já estou dançando! – ela continuava a se sacudir. Ele riu
- Dançar comigo!
- Tudo bem. – Ela pulou da bancada. Ele a segurou firme na cintura e a puxou pra si.
Certo. Ela estava bêbada, fora de si. Normalmente, ela não aceitaria. Aquilo, sem dúvidas, a deixaria fora de si, mesmo sem beber.
Ela nunca havia sentindo um cheiro tão bom. Nunca mesmo.
Capitulo 8
Lies
‘Tá. Vamos parar com ‘Harry Judd é o lobo mau da história’. Ele também estava bêbado, mas sabia como levar a situação.
Ele mordiscou a orelha dela, o que a garota correspondeu com o gemido baixo. Aproveitando a deixa, ele fez com que os rostos ficassem alinhados, milímetros de distância um do outro. Ela levou uma das mãos ao cabelo dele, apenas por ter esquecido do que se fazer nessas horas. Ou apenas para fazê-lo se adiantar. Mas ele não queria as coisas rápidas.
Mordeu-lhe o lábio inferior, fazendo-a soltar um murmuro de reclamação. E riu baixo por causa disso. Ele realmente sabia como levar a situação.
E por saber levar a situação que, em poucos minutos, eles estavam se agarrando na parede mais próxima. As mãos de ambos em lugares impróprios (ou próprios, no momento). Beijavam-se ferozmente, como se aquilo fosse essencial para a sobrevivência deles.
- Vamos... Pro meu... Quarto. – Sugeriu ele, sem fôlego.
Ela não fez objeção alguma quando ele a puxou escada acima.
A situação na casa de era completamente diferente. Na verdade, não havia conversa, nem agarração. E, dessa vez, o silêncio não era interrompido pela televisão e nem pelos urros de comemoração. Era sublime e acalentava o sono dos únicos seres vivos da casa.
Sim, eles dormiram. De mau jeito, admito, mas abraçados.
Que importa? Havia mais agarração pelo bairro.
SIIIIIM! Doug beijou novamente.
Mas, infelizmente, não foi dessa vez que ele conseguiu o coraçãozinho dela.
- Não, Doug – ela o empurrou, levemente. – Eu... Não...
- Mas...
- Não, tudo bem. Só que... – Ela suspirou – Eu estou confusa, não sei se é certo. Eu ainda to chateada com o que aconteceu... ontem.
Ele coçou a cabeça. Não parecia ter sido no dia anterior. Parecia ter sido a uma eternidade atrás!
- Desculpa. – Ele abaixou a cabeça.
Ela sorriu e passou os dedos pelo cabelo dele, fazendo-o levantar o rosto, surpreso.
- Tudo bem – Ela sorriu e lhe deu um beijo na bochecha – Me leva em casa?
Dougie abriu um largo sorriso e se levantou, oferecendo o braço a ela, que aceitou, também sorridente.
Então, já que eles estão felizes, vamos voltar à festa. Uma pequena confusão na cozinha, uhm?
- TIRA, GOSTOOOOSA! – Grito que se repetia.
- QUÊ? VOCÊ BEBEU? – Danny gritava de volta.
- BEBI HAHAHAHA – Responderam.
Motivo da confusão? fazia menções de Strip-tease na bancada que abandonara ainda a pouco. Danny não se conformava com isso e nem muito menos permitia.
- ! ! – Danny gritava.
- UI, gostoso! – correu pra ponta da bancada onde Danny estava. Danny rapidamente pegou-a, colocando-a em seus ombros e se mandando da casa.
Ao chegar no caminhão, ele despejou-a no banco do motorista.
- Ui, o gostoso quer me levar pra casa! – disse.
Danny deu um mini-sorriso safado, mas logo sacolejou a cabeça, afastando os pensamentos devassos que passaram pela mesma.
- Qual o nome do seu amigo mesmo? Tom? – ele perguntou.
A garota pareceu confusa, mas acenou afirmativamente.
- E daqueles seus amigos gêmeos?
- Uhn. Sam.
- Sam? Os dois?
- Sam e Sammy.
- Certo.
Ele se aproximou dela e ela já estava toda sorrisos, achando que ele ia beijá-la, mas ele apenas tirou a bolsa dela, pegando o seu celular. Olhou a agenda, parando em ‘mom’. Discou.
‘Alô?’ – Ele ouviu uma voz feminina. Agora era arriscar.
- Tia? Tia, é o Tom!
‘Tom, querido! Sua voz está estranha, mais grossa!’
- Ah, é que eu... – Tossiu forte – Estou meio gripado.
‘Oh, melhoras, querido! Sua voz é tão linda. Eu lembro quando você tocou na festa da e...
- Tia! A pode dormir na casa da Sam e do Sammy hoje? A gente vai... Hum... – o que eles podiam ‘fazer’ de madrugada? - estudar até tarde pra prova de segunda!
‘Ah, tudo bem, querido! Você traz ela aqui pela manhã?’
- Claro, claro!
‘Até amanhã, então’
- Até! – desligou – Ufa!
Capitulo 9
Corrupted
- Ai! – nem abrira os olhos e já sentia a dor de cabeça. A noite anterior estava praticamente em branco. Demorou, mas acabou abrindo os olhos, reclamando baixinho da claridade. O susto que levou a fez cair da cama. E foi aí que percebeu que ela não vestia praticamente nada.
Harry Judd estava deitado na cama onde ela adormecera e nu, provavelmente. Não que isso fosse de todo mal, mas ela não se lembrava do que poderia ter acontecido e o que quer que seja, ela não queria que acontecesse. Não daquele jeito, não ainda.
O quarto, de certo, era dele. Havia alguns pôsteres de bandas que ela também pudera reconhecer no quarto de Dougie, um quadro com fotos do time de futebol e um pequeno troféu jogado aos pés do armário. Mas o que havia prendido sua atenção fora a objeto pessimamente coberto no canto. Certamente, uma bateria. Ela iria até lá se não estivesse com tanta dor de cabeça.
Engatinhou de volta a cama e levantou o lençol pra dar uma conferida. Corou da cabeça aos pés ao ver que ele não vestia nada.
- Droga. Droga! – xingou baixinho, finalmente aceitando o que havia acontecido – Muito bom, ! Fez merda!
Catou as roupas pelo quarto e entrou no banheiro do garoto rezando para que ele não acordasse antes dela terminar. Tomou o banho mais rápido de sua vida, e isso porque ela não demorava muito ao chuveiro. Saiu do banheiro já vestida. Não resistiu em curiosidade de ver a bateria. Andou até lá e acabou tropeçando em uma baqueta jogada no chão. Ela rezou que seus pensamentos impuros fossem apenas pensamentos (n/a: pra quem entendeu MAHAUA Quem não entendeu, ignore). Descobriu a bateria com cuidado para que não fizesse barulho. Era uma perfect performance azul metálico. Muito bonita e aparentemente gasta. Ela estranhou. No colégio, todo mundo sabia da vida dos populares e nunca se havia comentado o fato de Harry tocar bateria. Também nunca tinham comentário que ... Bom... esqueçam.
Olhou pra Harry mais uma vez. Ela realmente não saiba o que fazer. O telefone tocou. Com medo de quê ele acordasse com o barulho do mesmo, ao seu lado, na cabeceira da cama, ela mesma o atendeu.
- Alô!
‘alô, o Harry está?’
- Ele ‘tá dormindo ainda.
‘Ah, certo. Diz pra ele que a namorada dele ligou, certo?’
gelou. Por um momento ela imaginou que ela e Harry... Bobagem. Ela fora apenas mais uma.
- Eu... digo.
‘Obrigada’ – e desligou.
Ela não entendeu muito bem. Ele não terminara com à pouco tempo? Já estava com outra? Sacudiu a cabeça. Não importava, certo? Não, não importava. Saiu do quarto e desceu às escadas sem nem pestanejar. Bateu a porta de entrada com força e pegou o primeiro ônibus que passou pela frente dela, não importando se a levaria pra casa ou não.
Naquele momento, acordou. Abriu os olhos e deu de cara com seu nariz encaixado na covinha solitária que ela admirara a noite anterior inteira. Sorriu interiormente e respirou fundo, puxando o perfume do garoto pra si. Se afastou ligeiramente, imaginando que a bochecha dele deveria estar dormente e riu de si mesma por estar sendo idiota.
Mas, peraí! O que ela estava fazendo abraçada com um nerd?
Empurrou-o docemente e se levantou do sofá. Sentiu dor nas costas mas não ligou. Sentou-se no outro sofá, ao lado daquele, e observou Tom cair deitado lentamente e acabou rindo baixinho quando finalmente aconteceu. Então ficou séria de repente. Tom estava mexendo com ela, sem dúvidas. Ela sabia diferenciar quando estava com um garoto porque ele era bonito, divertido, pela companhia ou porque gostava dele. E Tom se encaixava na última.
Ele parecia ser tão perfeito! Atencioso, carinhoso, verdadeiro! Então por que ela simplesmente não aceitava e ficava com ele logo?
Ah, qual é! Ela estava mesmo dividida entre a popularidade e Tom? Olha, eu nem pensaria. Quer saber? Vou me amarrar na cadeira pra não ir lá dar uns tabefes nela.
Tom era um encanto. Não, não que ele fosse o príncipe encantado que toda garota sonha a vida inteira por encontrar. Mas ele era um encanto. E estava quase completamente encantada com ele.
Ela levantou-se e se aproximou dele. Deitou no espaço do sofá que não era ocupado pelo garoto e levou a mão dele à sua cintura. Abraçou-o, em seguida. Sentiu-se protegida, mesmo que ele parecesse mais indefeso que ela. Apertou-o contra si.
Esse feito o fez acordar meio que assustado. Mas, assim que percebeu o que acontecia, retribuiu o abraço.
- ? Tem algo errado? – Ele sussurrou no ouvido dela.
Ela levou um susto e acabou caindo do sofá com isso. O garoto ficou sem saber se repetia a pergunta ou ria. Ela apenas o encarava com os olhos arregalados.
- O que você ainda está fazendo aqui? – disse entre dentes.
Tom assustou-se com a pergunta e com o tom que fora usado.
- Eu acho que cochilei. – Respondeu, sem entender.
Ela estava mais confusa ainda. Nunca tivera problemas pra expulsar garotos da sua casa, mas o Tom... parecia ser diferente.
- Pegue suas coisas, por favor, e se retire – Ela sentiu um aperto no coração ao dizer isso.
- Uhn, as pessoas costumavam ser cordiais por aqui – ele acabou por dizer, chateado.
Sentiu que se demorasse muito, se ele continuasse falando assim, ela ia acabar por chorar na frente dele.
- Mesmo? – Ela foi irônica, mesmo com a voz falhando – Não acho uma informação útil.
- Tem algo errado? – Ele perguntou, ainda sem se mover.
- Tem sim. Você! – Ela gritou – Anda! – e correu pra cozinha.
Mesmo sem entender, Tom pegou seus dvd’s, guardou na mochila e saiu em silêncio. Quando à porta da frente bateu, ela estava encolhida na cozinha, aos prantos.
Capitulo 10
Sorry's not good enough
acordara completamente diferente das outras duas. Primeiro: ela estava sozinha. Segundo: estava de ótimo humor. É claro que mulheres ficam de bom humor com uma declaração como a que ela recebera.
- Bom dia, Sol! – levantou da cama, abrindo a janela e saudando o dia – Bom dia, passarinho! Ora, olá!
Riu consigo mesma pelo momento retardado matutino. Entrou no banheiro, se arrumou e voltou pro quarto. Queria ler algo. Foi à estante de livros e pôs se a ler os títulos. Não tinha nada que fosse reter sua atenção por mais de meia hora, mas, embaixo daquela pilha, ela bateu o olho em uma capa de couro, sem nome por perto. Tirou de lá e sorriu ao ver do que se tratava.
Era o álbum que Danny dera a ela quando fizeram um mês de namoro. Tinha fotos dos dois desde bem pirralhos.
Abriu a primeira página e deu de cara com a dedicatória que Danny escrevera à ela.
'hey, garota estelar,
O que eu poderia dizer de você, huh? Desde sempre comigo, me apoiando em tudo! Eu ainda acho que a barriga das nossas mães eram interligadas e a gente ia brincar um na placenta do outro, viu?
Não importa o que aconteça, eu vou estar contigo pra sempre, desde sempre e ao infinito e além!
Te amo.'
Ela deixou as lágrimas escorrerem livremente pelo seu rosto enquanto via as fotos.
A primeira foto era do dia que ele a pedira em namoro, quando estavam com quase 16 anos. Tinham ido ao parque tomar sorvete de morango depois do cinema. Sorriu abertamente ao relembrar daquele dia. Tinha sido perfeito ao extremo.
Ela não lembrava de ter passado mais tempo com ninguém, nem mesmo com sua família. Era sempre ela e Danny de bicicleta na rua, ela e Danny no jardim zoológico, ela e Danny no parque de diversões e Dave escondido vigiando-os.
Esperava, apenas, que não tivesse colocado aquela amizade tão importante e essencial pra ela à perder.
Amizade. Ela e Danny eram amigos! Nunca dariam certo juntos, por que então estavam? Como tinha durado tanto?
Virou mais uma folha e lá estavam eles, com 10 anos, no jardim da casa deles. Onde deram o primeiro beijo em uma brincadeira de verdade ou desafio aos 15. Fora estranho, mas Danny fizera de tudo para que fosse especial.
Ele não entendia que ele não precisava fazer nada para ser especial. Ele sempre fora especial pra ela. Ela sabia que sempre podia contar com ele. Era o tipo de pessoa que ela queria guardar numa caixinha pra levar sempre com ela.
Sempre com ela. Desde sempre e ao infinito e além.
E não estava tão longe da casa de Danny. Aliás, fora lá que acordara.
Assim como , ela não reconheceu onde estava. E assim como , ela não fazia idéia do que fizera na noite anterior. Visto que a garota nunca namorara e, bom... Ela estava mais assustada ainda com a idéia de ter feito seja lá o que fosse com alguém que ela talvez nem soubesse o nome. E não havia pistas.
Era um quarto típico de menino. Sujo, mal organizado e cheio de roupas no chão. E ela deu graças a Deus por não haver roupas dela no mesmo.
O armário estava semi-fechado. Tinha uma gravata escapulindo por ele e o impedindo de fechar totalmente. A TV estava desligada, mas na estante ao lado havia um rádio ligado e ela pode identificar que tocava Don't go away do Oasis baixinho. Na estante havia vários CDs que ela não pode identificar, mas o CD do Oasis estava aberto ao lado do rádio.
E ao lado da estante havia um violão e uma guitarra. Entre eles, um pequeno estojo, onde ela imaginou que só caberia uma gaita.
Ela se sentou, mesmo com a dor de cabeça que sentia e fechou os olhos esperando que, quando ela os abrisse novamente, estivesse em casa.
- Olá! – Ela ouviu uma voz masculina dizer.
Abriu os olhos e deu de cara com Danny sorrindo pra ela com uma bandeja de café-da-manhã. Não pôde deixar de sorrir. Ele se aproximou dela e lhe deu um beijo na bochecha, fazendo-a suspirar aliviada.
- ‘Tá com dor de cabeça? – ele perguntou baixinho, sentando-se ao lado dela e depositando a bandeja na cama.
Ela concordou com a cabeça. Danny pegou o comprimido que havia deixado na bandeja e deu a ela, junto com o copo de suco de laranja. Ela sorriu e tomou.
- O que eu fiz ontem, Danny? – perguntou, pegando os pãezinhos que ele lhe oferecia.
Ele torceu a boca.
- Você quer mesmo que eu diga?
gelou ao ouvir isso. Ela já estava começando a acreditar que não havia acontecido nada.
- Er... Danny, eu e você...? – ela começou incerta.
- Não! – Danny a cortou – Quer dizer... Eu tive que tomar um banho gelado, mas tudo bem. Você bebeu muito, subiu na bancada na festa e... bom, quase fez um strip.
- EU O QUÊ? – Ela gritou, mas logo se arrependeu. Sua cabeça quase explodiu de dor.
- Você não fez, eu te tirei de lá. Liguei pra sua mãe, fingi ser o Tom e disse que eu e você dormiríamos na casa dos gêmeos.
Os olhos de brilharam.
- Sério que você fez isso?
- Uhum! – ele concordou. Ela lhe deu um beijo na bochecha e corou. Em silêncio por estar muito envergonhada, terminou o café-da-manhã que Danny preparara para ela.
Capitulo 11
Easy Way Out
Vamos voltar à casa de Harold, então.
Digamos que não fora muito sutil ao fechar a porta e acabou acordando o rapaz. Ele olhou pros lados a procura da garota, não encontrando-a, nem suas roupas, acabou por aceitar o fato de que teria que procurá-la na escola.
Bufando, desceu às escadas em direção à cozinha. A casa estava um lixo. Ele pagaria alguém pra limpar depois, era sempre assim. Os pais nunca descobriram qualquer festa que ele tenha dado.
Tomou café da manhã e ficou morgando na sala, assistindo Tv. Passou à hora do almoço e ele nem sentiu, apenas tomando cerveja e comendo salgadinhos enquanto assistia a um programa completamente idiota na Tv. Em algum determinado ponto da tarde, ele viu uma bolsa em jogada no canto em que ele e estiveram se agarrando. Ele se levantou pra pegá-la, mas a campainha tocou e ele acabou tomando a direção contrária.
Ele abriu a porta e deu com fazendo uma cara de poucos amigos. Ela o empurrou e passou direto em direção a bolsa. Pegou-a e voltou-se para a porta. Mas a mesma estava fechada e Harry estava encostado nela com um sorriso bem safado que fez com que a garota sentisse calafrios.
- O que você pensa que está fazendo? – Ela perguntou, rispidamente.
- Esperando você parar de se fazer de difícil pra voltar pra mim. – respondeu, calmamente, como se fosse completamente normal.
- Eu NÃO estou me fazendo de difícil e eu até voltaria pra você se você não tivesse sido tão canalha!
- Ah, qual é? Eu não estava totalmente sóbrio! E também não faria nada contigo a força.
- Eu não to falando disso! - Ela avançou contra ele e tentou o empurrar pra longe da porta.
- Do que é, então? – Ele segurou-a pelos pulsos e aproximou os rostos. Mas a garota estava possessa demais pra ligar pra distância (ou pra falta dela) entre eles.
– A SUA namorada ligou e pediu pra eu avisar pra você!
Ele parou, em choque e ela conseguiu o empurrar.
- Namorada? Que namorada? – Ele se perguntou.
- E EU que vou saber? A namorada é sua! – ela abriu a porta – eu não acredito que você fez isso comigo, obrigada. – e bateu a porta novamente.
Harry se deixou escorregar para o chão, pensando. Ele não tinha namorada, tinha?
Ele havia terminado com na intenção de ficar com na festa e depois ver no que daria, mas... O que tinha acontecido? Ele não tinha saído com ninguém nesse espaço. Como poderia, então, estar namorando com qualquer uma que fosse?
Só se tinha sido... Ah, como ele detestava ser tão popular e desejável! Droga! Ele queria aquela garota pra ele. Ainda não estava satisfeito e não parecia que iria ficar por muito tempo.
Assim como Harry estava confuso, Tom também estava.
Ele saiu pensativo e chateado da casa de . Caminhou de volta pra casa chutando pedrinhas. Sua casa não era tão longe da casa de então, logo estava abrindo a porta de casa.
E foi aí que ele fora atingido por um OVNI. Okay, não era um OVNI, era apenas a irmã dele, Carrie. A pequena Carrie era muito esperta, embora ainda estivesse por completar 10 anos.
- Manoo! – Ela o abraçou – Me leva pra tomar sorvete?
Tom riu. Talvez a companhia da irmã o ajudasse a se divertir e esquecer, momentaneamente, o que havia acontecido.
- Claro, claro! – Ele pegou-a pela mão e acenou para mãe, que apenas sorria pros dois, orgulhosa de ter filhos tão lindos e unidos.
Dois quarteirões à frente estava a praça. Pararam, compraram sorvetes e se sentaram em banquinhos pra tomar. Carrie ria dos pássaros enquanto Tom estava anormalmente quieto. Era comum os dois irem ao parque junto, mas Tom sempre estivera falante, apontando pras espécies diferentes de pássaros e cachorros e dizendo o nome delas.
- O que você tem, Tommy? – Carrie o retirou de seus devaneios, cutucando-o.
- Não é nada não, pequena. – ele sorriu.
- É a garota que você foi ver ontem, não é? Você não dormiu em casa, o que houve? Vocês ‘tão namorando? Mas se vocês estivessem namorando, você não ‘taria com essa cara e...
- Hey, vai com calma aí! – ele riu – É a garota, eu não dormi em casa, eu peguei no sono na casa dela, nós não estamos namorando, satisfeita?
- Não! O que aconteceu, Tommy? Me conta!
Ele respirou fundo. Ela não ia sossegar até que ele contasse o que acontecera.
- Certo. Eu fui a casa dela, ela estava linda, nós assistimos star wars e ela foi super legal e tudo. Achei que ‘tava tudo certo. Aí eu peguei no sono, acordei sendo abraçado e fiquei super feliz. Então ela me tratou mal e mandou eu sair da casa dela e aqui estou eu! Tomando sorvete com a minha irmã (nada contra você, irmãzinha) quando eu achei que estaria tomando café da manhã com a garota dos meus... – ele parou de falar, assustado.
- Sonhos? – perguntou Carrie. – Thomas, você gosta dela?
- Eu... Eu acho que sim. – Ele piscou, absorvendo a informação. Ele gostava de uma garota que nunca ia dar bola pra ele. Ótimo. Ao menos tinha o telefone dela, não?
Pois é, Tom estava ligeiramente enganado. A garota dos sonhos dele queria poder querê-lo, mas se ela ficasse com ele, provavelmente, seu mundo ruiria. Ela já havia sacrificado coisas para que isso não acontecesse e não iria deixar seu coração lhe enganar pra perder tudo isso.
No momento? Ela esta numa festa na casa de um amigo de seu pai, representando-o, pelo mesmo não poder ir. E disposta a esquecer Tom, de qualquer maneira. Talvez ela tivesse começado a gostar de Tom pelo garoto ser mais maduro que qualquer outro que ela conhecera, então que assim fosse!
Não preciso dizer que garotas desse tipo procuram esquecer seus amores nos braços de outro cara, não é? Pois bem, Ela escolheu um tipo bem velho, na intenção de que ele fosse mais maduro. Não demorou muito pra estarem aos beijos.
Pobre Tom.
Bem, deixemos ela aqui e vamos para o nosso pequeno príncipe Poynter. Oras, o humor dele não estava muito diferente do de . Ela ainda não tinha a garota, mas tinha certeza de que a teria.
Porém, diferentemente da garota, ele passou o dia dedilhando o seu baixo e com um papel no colo a anotar notas e palavras.
É, bem provável que ela gostasse daquilo.
Do outro lado do bairro, Danny tentava guiar a bicicleta com cuidado, onde não era bem sucedido. Eram só duas quadras até a casa de , mas ele era completamente desajeitado com o meio de transporte.
- E tudo por causa do caminhão! – Ele bufou, quase desequilibrando a bicicleta novamente.
riu alto, segurando na cintura dele. Danny estava reclamando do castigo. Estaria sem carro por um mês por ter ‘sequestrado’ o caminhão do pai. Teria que ir de bicicleta pra escola e era bastante longe.
- Danny, o quebra-mola! – disse e continuou a rir.
Danny passou pelo quebra-mola tão lentamente que não tinha como a bicicleta não virar. riu mais ainda.
Danny achou a nona maravilha do mundo, a garota ali rindo, esparramada no meio da rua. Esperai! Nona? Oh, certo, Jones não é muito esperto em algumas coisas, lembremos.
Ele recolheu a bicicleta e puxou para a calçada, verificando se ela estava inteira. Se deu por satisfeito ao não encontrar nenhum arranhão. Ela parou de rir.
- Minha casa é perto, Danny! Vamos a pé mesmo.
- ‘tá! – Ele entrelaçou a mão com a dela, fazendo-a dar um singelo sorriso.
Eles estavam na esquina da rua dela, já, mas Danny não tinha essa noção. Havia encontrado a garota caminhando até a casa de Harry, no dia anterior.
Andaram mais uns vinte metros e pararam frente a uma casa amarela.
- É aqui, viu? – ela sorriu, virando-se para ele.
- Já posso te visitar quando eu quiser, não é? – Ele perguntou, sorrindo.
Já disse que é inevitável não sorrir quando Danny Jones sorri pra você? Sério, ele tem um dos sorrisos mais lindos que meus olhinhos já viram.
Então, sorriu e confirmou com a cabeça.
- Eu tenho que entrar, sabe? – nem se moveu, dizendo isso, não conseguia tirar os olhos de Danny.
- É, eu sei – Ele concordou – Então...
- É, até amanhã.
- Até amanhã.
Ela foi em direção a ele para lhe dar um beijo na bochecha, mas acabou errando (ou será que acertou mesmo?) o alvo e beijou-lhe a boca. Rapidamente, nos lábios de Danny formaram-se um novo sorriso. A garota deu um pulo pra trás quando percebeu o que havia feito e pôs as mãos em cima dos lábios. Corou e correu pra dentro de casa.
Mas não pôde deixar de olhar Danny voltar a bicicleta, da janela de sua casa, e vê-lo, aos tropeços, sumir, virando a esquina.
Capitulo 12
Bubble Wrap
Segunda-feira amanheceu nublada. O H.G. Wells High School estava começando a receber seus alunos e abrigá-los da chuva que ameaçava cair. A maioria dos que entrava, sorria. Era reflexo da festa no sábado, mas havia algumas pessoas que se mantinham emburradas.
Uma elas, claro, era . Ela entrou no colégio com olheiras e com o cabelo despenteado, solto e desleixado. Assim que Dougie a viu entrar, correu até ela e lhe passou seu casaco com capuz, para esconder o cabelo da garota e evitar uma suspensão.
- Aconteceu algo, ? – Ele perguntou, preocupado, levando-a para se sentar em um dos bancos que seguiam pelo caminho de entrada principal da escola. Ela concordou com a cabeça – Por que não me ligou? O que aconteceu?
- A festa... Bom... – Dougie passou o braço pelo ombro dela, encorajando-a a continuar – Eu estou muito feliz por a gente ter decidido fazer aquilo, sabe?
- Huh... Por a gente ter dormido juntos?
Ela concordou com a cabeça.
- Eu não podia ter perdido a virgindade com alguém mais especial pra mim do que você, Dougie – Ela sussurrou.
- Digo o mesmo, pequena. Mas o que tem a ver?
- É que... Se a gente não tivesse... Bom...
- Você dormiu com alguém na festa? – Ele perguntou e ela concordou com a cabeça. – Mas... !
- Eu bebi demais e eu não me lembro de quase nada. Só o suficiente pra ter certeza de que eu dormi com ele.
- Ele...?
- Harry Judd.
- Porra, ! – Dougie bateu nas próprias pernas.
- E quando eu tava me arrumando pra sair, eu atendi o telefone da casa dele... – As lágrimas dela voltaram a cair – E, bom, era a namorada dele.
- Ah, Céus! – Ele a abraçou – Eu achei que você não quisesse andar com os populares. Você sabe...
- Eu sei, embora... Bom, ela ainda é fiel a mim, entende? – Ela deu de ombros.
- Não, eu não entendo – Ele bufou – Eu nunca entendi vocês e os seus pactos malucos.
- Não foi um pacto, Doug! – Ela resmungou, secando as lágrimas – esquece.
abaixou a cabeça por alguns segundos. Quando foi olhar, novamente, para Dougie, Viu Harry entrando no colégio e se encaminhando a ela com passos decididos.
Arregalou os olhos.
- Me corresponde! – Falou, rapidamente, para Dougie antes de puxá-lo pela camisa e beijá-lo.
Harry ficou ligeiramente atordoado com o que viu. Como assim, ela e o estranho do amigo dela juntos?
Sentiu alguém se aproximar e bater levemente no seu ombro.
- Perder a garota pra um loser, cara? – Charlie perguntou. Charlie era um dos seus melhores amigos.
- Eu vou pegar esse idiota na saída, você vai ver.
E virou-se para entrar na sala. Ele passou por uma garota em choque, quase aos prantos, mas pouco reparou nela, devido a raiva. Nem ao menos reparou que ela olhava fixamente para o ponto que ele também olhara segundos antes: e Dougie se beijando. findou o beijo assim que percebeu que Harry havia se afastado.
- Mas o quê...? – Dougie começou, ainda sem abrir os olhos. Assim que ele o abriu, deu de cara com chorando – Ah, não... Merda! ! – Gritou e saiu correndo atrás da garota, deixando sem nada entender – !
A garota correu para um canto afastado, na escola, onde quase ninguém ia aquela hora. Não que não fosse freqüentado, mas era nos fundos do colégio e ninguém utilizada as salas de lá.
- Você mentiu pra mim! – Ela disse, assim que permitiu que Dougie se aproximasse.
- Eu não... ! Eu não menti, eu...
- Você mentiu! ‘Tava beijando aquela garota lá! Sua amiga! – Ela quase gritou, se descontrolando.
- Não foi assim! Ela me beijou! Eu não tive...! – Ele tentou se explicar, pessimamente, mas foi cortado.
- Ah, é claro! A culpa nunca é de vocês! É sempre da garota, que é piranha, e agarra os homens que nããão se insinuam! Ah, e ela ainda é sua amiga! – ela bateu o pé no chão, demonstrando raiva.
- Mas eu não disse nada disso! , eu...
- Perdeu suas chances comigo.
- Não... HEIN? AH, NÃO, , POR FAVOR!
- Já era, Dougie. – Ela chutou uma pedrinha que encontrou no chão – Eu não gostei de ver o que eu vi e a gente nem tá junto. Não ia dar certo.
- Mas...
- Tchau, Poynter. – Ela frizou o sobrenome do garoto, virou-se e caminhou de volta ao pátio principal.
Dougie não sabia o que fazer. De repente, a raiva lhe subiu a cabeça. Ele havia perdido a garota que queria e havia uma culpada.
Bateu os pés de volta a entrada e a puxou pelo braço até onde estavam os amigos.
- Você tem idéia do quê fez? – Ele perguntou, cego de raiva.
- Eu... Eu ‘tava tentando fugir do Harry, eu acho.
- Você me fez perder a única coisa que eu realmente queria! Obrigado, ! Hoje você foi uma vadia!
abriu a boca, em choque, mas nada disse a princípio.
- O que ela fez? – Kath perguntou.
- Além de trair a minha confiança? Me beijou na frente da garota que eu gosto! – Ele bufou.
- Dougie, me desculpa! – disse em tom de súplica.
- NÃO! – Ele gritou.
olhou pra Kath, Mark e Dean, mas eles apenas negaram o pedido silencioso de ajuda dela com a cabeça.
- Okay. Ótimo! – e virou-se em direção a sala.
Capitulo 13
Obviously
passou como um furacão por Danny e , que estranharam.
- Eita. Bom dia pra você também, – Disse , pro nada.
- Ow, não liga! – Danny riu. – Seu amigo ainda não chegou?
- Não achei ele ainda. – emburrou – ‘Tô louca pra apresentar logo vocês dois e vocês montarem a banda logo e...
- Hey, com calma e... Oi, . – Danny disse, meio incerto do que estava fazendo.
, que até presente momento estava em pé tentando olhar a entrada da escola, se sentou e deu um sorriso tímido.
abriu a boca e suspirou fundo.
- Eu não sei o que dizer! – Falou em tom irritado e escondeu o rosto nas mãos, chorando.
Danny rapidamente se levantou e abraçou. cruzou os braços, emburrada.
- Me desculpa, Danny. Eu devia ter terminado contigo quando...
- Não tinha mais romance, certo? – Ele a beijou na bochecha e a abraçou mais apertado.
- Eu fiz tudo errado! Eu fiquei com tanto medo de ter perdido você! – Ela choramingou. – Deu tudo errado!
- Hey! – Ele se afastou para olhá-la nos olhos – Eu estou aqui, certo? sempre, desde sempre e ao infinito e além!
Ela riu baixinho e o abraçou.
- Eu gosto tanto de você, Danny!
Ele riu.
- Não era só isso, era? – Ele perguntou, sorrindo de lado.
Ela concordou com a cabeça.
- Eu vi o Dougie... Com outra garota. Aquela, que anda com ele...
- Quem? – finalmente se intrometeu.
- Aquela que brigou com a esses dias.
- A ? – perguntou.
- Ué? – Danny coçou a cabeça – Ela não ‘tava com o Harry? – Ele olhou pras outras duas, esperançoso, como se elas pudessem lhes dar a resposta – Isso é tão confuso!
Ele voltou a se sentar. se sentou ao lado dele e apoiou a cabeça no ombro.
- Ah, como eu sou tapado! – Ele deu um tapa na própria testa. – , essa é a . , essa é a , minha melhor amiga desde que eu me lembro.
sorriu, mais confiante agora.
- Olá! – Ela se aproximou de e lhe deu um beijo na bochecha. retribuiu. – Não quer ir ao banheiro lavar o rosto?
- É, acho que é uma boa idéia! – As duas se levantaram.
- Hey, espera! , Cadê o seu amigo? – Danny perguntou, mais uma vez.
deu de ombros. Ah, certo, ela não sabia, mas eu sei! Tom estava dobrando a esquina da rua da escola. Ele sempre ia a pé, sua casa era tão perto!
Mas, dessa vez, ele estava ligeiramente atrasado. Motivo: . Ele estava acompanhando a chegada dela com os olhos. De moto. Com alguém.
E viu, com o coração apertado, ela descer da moto, tirar o capacete dela e do ‘alguém’. E, logo em seguida lhe dar um beijo.
Droga.
Tom respirou fundo, com o coração mais apertado ainda, vendo o beijo dos dois. E assim que eles se separaram, ele pode perceber que a diferença de idade entre os dois era assustadoramente nítida. Ele devia ser uns dez anos mais velho que ela!
Viu-a se despedir e entrar no colégio. O cara que estava com ela logo acelerou e saiu do seu campo de visão.
Então, nada mais tinha a fazer no colégio. Extremamente chateado, ele entrou.
- Ah! Olha ele ali! – Ele ouviu. Foi puxado pela mão e nem soube dizer por quem.
- Danny, esse é o Tom. Tom, Danny! – sorriu e sacudiu Tom, fazendo-o acordar – Danny toca guitarra muito bem! Ele acha interessante aquele troço da banda.
- Ahn, banda? – Tom perguntou. Sacudiu a cabeça e botou tudo de volta no lugar – Ah! Você toca bem mesmo?
- Desde pirralho! – disse, já bem mais feliz – E eu garanto que muito bem.
- Que pergunta, a minha! É claro que você toca bem!
- Ná, tudo bem! – Danny sorriu. O sinal bateu, impedindo que eles continuassem a conversa.
Eles direcionaram-se a sala. Tom sentou-se na primeira fileira ao centro, como de costume. Mas fez com que Danny sentasse ao seu lado e que ambos conversassem sobre a banda, enquanto ela e sentaram-se atrás dos dois. Na carteira ao lado de Tom e Danny, sentavam-se os gêmeos. Harry e Charlie estavam logo atrás deles. Seguidos de Camila e Paola. Atrás delas estava toda encolhida e temerosa. E ao seu lado, uma que desatava a falar com as amigas sobre qualquer coisa. De tempo e tempo, Harry olhava na direção das duas últimas, deixando bastante intrigada. Dougie, Kath, Mark e Dean se amultuavam próximos à porta, esperando a primeira oportunidade para sair dali.
Um papel chegou à mesa de Tom, vindo de lugares afastados.
'Desculpa por ontem, eu acordo de mal-humor'
E o ' ' bem desenhado como assinatura no papel. Tom franziu às sobrancelhas.
- EYAH! DUUUUUDE! - Tom permitiu que Danny lesse o bilhete depois de reparar que ele entortava o pescoço para isso - Você pegou a ? - Terminou sussurrando por pedidos de Tom.
- Não, exatamente... - Tom ficou ligeiramente rosa ao perceber que as meninas estavam começando a parar de fofocar sobre os dois pra prestar a atenção na conversa.
- Responde aí! - Danny cutucou Tom.
- Ah, acho melhor não...
- Bobão! - Danny roubou o papel e escreveu 'problema nenhum, gatinha ;)' e jogou na direção da garota, desviando de Tom, que queria interceptá-lo.
A garota soltou uma gargalhada divertida ao ler o papel, mostrando para as amigas, em seguida. As amigas entortaram a boca e a garota parou de sorrir, olhando de rabo de olho para os garotos.
Danny deu de ombros.
- Ela gosta de você, cara. - Ele disse.
- Não, não gosta. - Tom retrucou, convicto. - Mas, diz aí. O que você tinha pra me mostrar?
- Uh! - Ele deu um tapa na própria cabeça - Outch! - massageou a testa, arrancando risadas de Tom - É que, assim, eu tenho uma letra pronta, mas não consegui pôr acordes nela ainda...
- Eu tenho algumas letras prontas também. Em algum lugar... - Tom abriu a mochila e começou a tirar papéis dos mais diversos assuntos de dentro dela. Danny coçou a cabeça.
- Olha, a gente não precisa ver isso agora, sabe? - Danny deu um sorrisinho. Ouviram alguém suspirar em algum canto, mas ignoraram.
- Hey, guys! - chamou. - É química! - Ela apontou pra porta, onde a professora se encontrava. (n/a: nem nerds prestam atenção em aula de química XD)
Os dois riram e deram de ombros, rapidamente pegando papel e lápis pra escrever qualquer coisa, enquanto as garotas faziam um origami qualquer.
No canto de trás, as meninas ainda fofocavam, com encolhida por perto.
- Esse Thomas! Quê audácia! Até parece que você olharia pra ele, algum dia! Só porque você foi hospitaleira! - Camila reclamou.
deu um sorrisinho sem graça. Sorrisinho que chamou a atenção de e a fez levantar os olhos e dar uma risadinha baixa. olhou de rabo-de-olho para ela e fingiu que não percebeu.
Paola se aproximou de Camila e e sussurrou:
- E qual é a da estranha aí?
revirou os olhos. Será que ela era burra o suficiente para não perceber que a garota poderia ouví-la? Definitivamente, os ipods afetam o cérebro.
Ao lado da professora, encontrava-se o grupo de desordeiros da escola, desfalcados de uma. A professora falava com o inspetor, olhando ameaçadoramente pra cada um deles.
- Se qualquer um desses se atrever a sair...
- Eu sei, senhora.
- Certo, certo - Ela despachou o inspetor e fechou a porta, centrando-se o olhar nos quatro, novamente - Onde está a jovem ?
levantou a mão, do outro lado da sala.
- Bom, realmente bom. - Ela sorriu. - Certo. O que houve aqui? - Ela parou ao lado de Thomas e Daniel, que agora rabiscavam as coisas que haviam escrito. - Oras, deixe-me ver! - Tom sacudiu a cabeça, frenéticamente. Danny resolveu amassar o papel - Daniel Jones, me dê esse papel! - e riam, atrás dos dois. Danny resolveu fazer Tom engolir o papel. - Cospe, Thomas! - Danny sacodiu Tom - LARGA ELE, JONES! - Tom acabou engolindo o papel.
- Cara! - Ele disse, assim que parou de tossir - Papel é mó bom!
A Turma, que assistia a professora ralhar com os dois alunos, desatou a rir.
Capitulo 14
Fight For Your Right
- Então, o que aconteceu? - perguntou, assim que ela e sairam da escola e deram de cara com Danny e Tom as aguardando.
- Suspensos! - Danny fez 'legal' com a mão. - A gente foi em casa, pegamos um violão e ficamos por aqui esperando vocês.
- É, foi bem produtivo. - Tom concordou - Mas que vou querer a matéria de hoje, . - Ele riu.
- Eu já tinha separado mesmo... - Ela deu de ombros e começou a abrir a mochila.
- Tô ficando com trauma da mochila de vocês - Danny apontou pra e Tom.
Eles riram.
- Uhn... Só pra registro. - começou - O que tinha no papel?
- A gente tava escrevendo uma música, ué!
- Uma música...? - riu, imaginando a música.
- É- Tom riu gostosamente - Pra professora! - Concentrado que estava, lembrando-se da música e rindo por isso, não reparou que passara por perto dele, olhando-o.
- Pra professora? - já largara a mochila, estendendo a matéria para Tom.
- Na verdade... Era sobre ela, sabe? - Danny disse e ele e Tom apoiaram um no outro para rir.
e se entreolharam. Se em um dia eles já estavam entrosados assim, a banda com toda certeza seria perfeita.
- Nos contem! - pediu.
Danny abriu a boca pra contar, mas foi interrompido por uma pequena movimentação perto deles.
Voltemos uns segundos para captá-la.
- Hey! Ô baixinho! - Judd saiu da escola correndo, seguindo Dougie.
O garoto, assim que entendeu que era com ele, parou e se virou para o outro.
- Quê?
- Tenho umas contas pra acertar contigo! - Harry rangeu os dentes.
- Contas?
- Quer que a gente segure ele? - Charlie perguntou, com Michael e Chad à sua cola.
- Covardia demais - Harry riu torto - Então, Poynter, não é? - Dougie deu três passos para trás, à medida que Harry avançava contra ele. - Acha legal ficar agarrando a garota alheia?
- Garota alheia? - Dougie franziu as sobrancelhas.
conseguiu empurrar algumas pessoas e chegar ao centro da confusão.
- E ainda se faz de desentendido! - Harry riu maleficamente - Mas dizer que não beijou a hoje?
- Ela que me beijou! - Dougie bufou e olhou de rabo de olho pra ela - Se tem algo pra resolver, é com ela, não comigo! - E apontou pra garota.
- Você é patético, Poynter. - Harry balbuciou.
- Não sou eu que estou fazendo escândalo por ter 'perdido' uma garota! - Dougie gritou de volta.
- Ora, seu... - Harry avançou contra Dougie e lhe meteu um soco no olho. Em contrapartida, Dougie tentou-lhe meter um soco na barriga, mas Harry era bem mais forte que ele e segurou a mão do garoto.
- NÃO! - correu até os dois e tentou apartá-los. - Harry, pára! A culpa foi minha, não! - Ela tentou consertar, mas a cada palavra que dizia, parecia que Harry criava mais raiva de Dougie e o acertava com mais vontade e força.
Passados mais alguns socos, Harry pareceu satisfeito e se retirou sem nada dizer, deixando Dougie gemendo e soluçando ao seu lado.
- Dougie, Dougie - ela chamou.
- Sai... Daqui! - Ele disse, com a voz falhando.
- Dougie, por favor! - Ela pediu.
- Sai daqui e não olha mais na minha cara!
Ela abaixou a cabeça e concordou, silenciosamente. Levantou-se e olhou para a aglomeração em volta dos dois.
- SEU BANDO DE INÚTEIS! - Gritou, antes de sair correndo pra qualquer lugar. Então, as pessoas começaram a se mexer. Alguns para ajudar Dougie, outros para irem embora.
*-*-*
'Eu não devia estar aqui, não devia!' pensava, fronte a casa de Dougie. Tocou a campainha.
- Olá, Jazzie! - tentou sorrir para irmã de Dougie, por deveras parecida com ele.
- Olá, . - A garota a cumprimentou, fria. - Dougie não quer ver você.
- Eu imaginei. Tudo bem - A garota respirou fundo, passando a mão pelo cabelo multicolor, jogando-o pra trás - Eu só vim trazer o casaco dele, eu acho.
- Quem é, Jazzie? - ouviu a voz de Dougie, vinda da sala.
- Ninguém!
- Como ninguém? - Ela ouviu um gemido e depois passos - É claro que se você está conversando é porque tem... Ah. - ele parou de falar assim que avistou . - O que você está fazendo aqui?
- Eu vim... Trazer o casaco! - Ela estendeu o casaco pra Jazzie, que pegou, e olhou pra qualquer outro lugar. Descobrir que era a causa dos roxos espalhados pelo corpo de Doug, e no olho, inclusive não era muito alegre. - Desculpe, ahn, por tudo.
- Oh! É claro que eu desculpo você! - Ele disse, irônico. - Eu já disse que não quero mais você na minha frente! SAI DAQUI AGORA!
Os olhos da garota se encheram de lágrimas e Dougie as pode ver cair antes de se virar para sair correndo.
- Isso é tão triste. - Jazzie comentou. - Vocês são amigos desde sempre!
- Eu sei, Jaz, mas ela hoje me decepcionou muito.
Jazzie o abraçou fraco, com medo de o machucar e ele bateu a porta de qualquer jeito.
- Tudo bem. - Ela lhe deu um beijo na bochecha - Isso vai passar e vocês vão voltar logo logo, você vai ver.
- Eu não sei, Jaz...
Capitulo 15
Get Over You
Na esquina da rua, virava um grupo vindo da casa de Tom, três quarteirões distante dali.
- Ah, você vai falar com ele sim, mocinha! - Danny cutucava , enquanto a empurrava em direção à casa de Dougie.
- Mas... Mas.
- Nada de mais! - Tom ordenou - Pelo o quê eu entendi, o garoto não teve culpa. É só você dar uma chance pra ele...
- É, ! E ele é bonitinho! - soltou. E depois deu um tapa na boca. Danny olhou para ela com cara de poucos amigos e Tom não pôde deixar de comentar:
- Aonde foi parar a centrada que eu conheci?
- Só foi um comentário! - Ela ergueu as mãos ao ar.
- Certo. - Danny ignorou-a - E você disse que ele toca baixo...
- Seria realmente ótimo se você fizesse as pazes com ele... - Tom continuou.
- E nos apresentasse, sabe? - Terminou Danny.
cerrou os olhos.
- Interesseiros!
soltou uma risada abafada.
- Bom, é aqui, eu acho. - disse. - Não foi aqui que a gente achou a no sábado, Danny?
- Foi, foi sim. - Danny concordou, ainda frio - Bom, ...
- Tá, tá! - Ela bufou - Já sei! - E bateu pés até a porta. Tocou a campainha. Quase que instantaneamente, a porta se abriu.
- Olá? - A garota perguntou - Vieram ver o Dougie?
- É, é... - corou.
A garota virou-se para dentro de casa e gritou:
- PORRA, DOUG! VIROU POPULAR E NEM ME FALOU NADA?
Ouviram uma risada abafada e a resposta, em seguida:
- EU NÃO VIREI POPULAR PORRA NENHUMA, JAZZIE! Quem é que tá aí?
Jazzie olhou para a garota, encorajando-a a falar.
- . - Ela respondeu, baixinho.
- QUEM? - Dougie gritou.
- ! - Jazzie respondeu.
Ouviram um barulho de tombo e, em seguida, um Dougie desfigurado apareceu à porta.
- ? - Ele se assustou. Jazzie saiu de fininho - , o quê...?
Ela mantinha a cabeça baixa, mas fez-se ser ouvida quando disse:
- Desculpe por não ter acreditado em você.
Dougie riu e a puxou. Deu-lhe um beijo na bochecha e a abraçou.
- Você não sabe o quanto eu estou aliviado em ouvir isso! - Ele riu, a abraçando. E então reparou nos outros - Olá!
estava acanhada, chutando uma pedrinha. Danny estava sentado ao chão, do lado dela, contando as formigas que passavam e Tom brincava com os próprios dedos. Ao ouvir o 'olá' de Dougie, Danny se levantou e foi até ele, animado. Dougie Largou . Danny postou-se frente a ele.
- Oi, eu sou o Danny!
- Oi, eu sou o Dougie!
E sorriram um pro outro.
- Er, olá! - Tom acenou - Eu sou o Tom e aquela é a ! - apontou pra , que acenava timidamente - A gente veio encorajando a .
- Prazer! E... Ahn... Obrigado! - Ele sorriu - querem entrar?
Todos concordaram e Dougie os guiou para a sala, onde um videogame estava ligado em um jogo de futebol no pause. Dougie apontou o sofá pra eles sentarem. Todos se sentaram, menos Danny.
O que devemos descrever era que Danny estava animado. Animado demais, não conseguia parar quieto.
- EueTomvamosmontarumabandaequeremosquevocêsejabaixistanela, quer? - Disse, engolindo e atropelando as palavras.
- Anh? - Dougie não entendeu uma palavra. e desataram a rir.
- Uh, é assim. - Tom virou-se para dougie e o mesmo parou de encarar, confuso, Danny em pé e animado - Eu e o Danny queremos montar uma banda e a disse que você toca baixo, então... Bom, a gente queria te fazer o convite para se juntar a nós.
- Ahn...
- Então? - Danny começou a pular e sacudir Dougie de leve.
- Claro que eu aceito!
- YEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE! - Não se precisa dizer quem foi que falou isso - TOM, NÃO SOMOS MAIS UMA DUPLA SERTANEJA!
- Yeah! Toca aqui! - Tom falou.
Mas, ao invés de Danny 'tocar' na mão do Tom, ele se jogou em cima dele.
Os outros gargalharam.
- Eu me jogaria em cima se não me doesse tanto - Dougie soltou.
- Ah! - pareceu acordar do transe - Doug, dói muito? Você quer algo?
- Quero. - Mas não disse mais nada, apenas encarou a garota.
, que estava quieta admirando a movimentação da sala, reparou no clima do casal...não, não era Danny e Tom!
- Er... Crianças, está tarde! - Ela cutucou Danny e Tom, que agora pulavam e dançavam frente ao sofá.
- 'Tá nada, olha o Sol! - Tom apontou pra janela. apontou discretamente pra e dougie. - Ah, ah! 'Tá tarde! Vamos, Danny!
Tom começou a puxar Danny pela gola da blusa.
- EI! E a ? - Danny perguntou.
- Cala a boca, Danny! - riu, empurrando os dois para fora da casa e fechando a porta atrás de si.
E o silêncio reinou no aposento, quebrado apenas pelos batimentos compassados de e Doug.
- Ahn... - tossiu. - Acho que eu devia ter ido com eles e... - Ela fez que ia se levantar, mas Doug a segurou, impedindo-a.
- Fica. - Ele pediu - Tenho que te mostrar uma coisa. - Ela concordou com a cabeça e ele subiu as escadas.
ficou impaciente, batendo os pés no chão e olhando as mãos como se pudesse encontrar qualquer coisa que a distraísse da espera e da ansiedade que sentia. Ela não sabia o que esperar. Ouviu o barulho de passos na escada que indicava que Dougie estava se aproximando.
Ela olhou para trás, de onde podia ver os últimos degraus da escada e o viu, descendo concentrado, com um pedaço de papel e um violão.
Certo, agora ela não sabia realmente o que pensar. Sabe, toda garota sonha em um cara escrever uma música pra ela, mas pensar em que isso possa estar ocorrendo seria muito egocentrismo. Então ela franziu as sobrancelhas assim que ele alcançou o sofá e ocupou o lugar fronte a ela.
- Acompanhe. - Ele estendeu o papel a ela. Reconheceu as notas logo de cara, antes mesmo que ele as tocasse. Leu superficialmente o que estava escrito. É, era uma boa letra. - Ela não tá terminada, mas... Bom, lá vai. She was looking kinda sad and lonely,And I was thinking to myself if only,She'd give me a smile but,Its not gonna happen that way - Ele respirou fundo e cantou uma estrofe em 'lalala', o que fez a garota rir. - Coz you've got all the things that I want, And I just cant explain so, Help me babe, I gotta get over you! Now and then she looks in my direction, Im hoping for a sign of her affection, But shes in denile and, Shes got some worries today..But I think if she'd give me a chance, I'll pleasantly surprise but, Help me babe I gotta get over you.. She has everything that she wants and, I just cant explain so, Help me babe I gotta get over, Help me babe I gotta get over, Help me babe I gotta get over you..(ela estava parecendo um pouco triste e sozinha e eu estava pensando para mim mesmo se ao menos ela me desse um sorriso mas não vai acontecer dessa forma [...]porque você tem todas as coisas que eu quero e eu não consigo explicar então, ajude-se babe, preciso te esquecer. Agora e depois ela olha na minha direção, eu espero por um sinal da sua afeição, mas ela está em negação e ela tem algumas preocupações hoje... mas eu penso se ela me desse uma chance, eu ficaria felizmente surpreendido mas, ajude-me babe, preciso te esquecer. Porque você tem todas as coisas que eu quero, e eu não consigo explicar então, ajude-se babe, preciso te esquecer, ajude-me babe, preciso te esquecer, ajude-me babe, preciso te esquecer)
Dougie terminou e soltou uma pequena risada ao deparar-se com a cara embasbacada de .
- Dougie... Isso... Eu...
- Shi! - Ele largou o violão no chão, andou até ela e agachou-se na sua frente. - Não diz nada, você não precisa.
- Mas eu... Dougie, você quer me esquecer? - Perguntou de supetão.
- Não, eu quero uma chance. - Ele se arrumou e semi-levantou, deixando os rostos o mais próximo possível que conseguiria sem assustá-la - você me dá uma chance?
Incapaz de pronunciar qualquer palavra com o rosto do garoto tão próximo, os olhos azuis límpidos do mesmo brilhando em esperança, ela apenas concordou com a cabeça. E nada mais viu, antes que ele alcançasse a sua boca, beijando-a apaixonadamente.
N/A: obrigada pelos comentários fofos, gente! Espero que estejam gostando *-*