já leram.


Medley (HIATUS)

Capítulo 1

Five Colous In Her Hair


Essa é uma história como qualquer outra. Mas não é daquelas que se acontece em qualquer esquina, em qualquer lugar. É incomum, rara e apaixonante. É o amor e o companheirismo vencendo qualquer barreira que a sociedade pode criar. Certo, vou parar de enrolar e começar a história. Vocês já devem estar curiosos, não?
Pois bem, tudo se passa em um colégio da área nobre de Londres, conhecido por ser um dos melhores do país, o H.G. Wells High School. Embora seja um colégio de elite, ele é como todos os outros: dividido estrategicamente em grupos. Para quem olhasse de fora, parecia horrivelmente cruel.
- E sete e oito! Um, dois... Tá errando muito, Cher! Acerte-se ou fique fora da equipe! 'Bora, cinco, seis, sete e oito! - A garota repetia para o resto do grupo, sob os olhares de dezenas de pessoas jogadas em volta do campo de futebol americano. Ela era a capitã da equipe de torcida, , estatura mediana, cabelos castanhos e olhos de um tom um pouco mais esverdeado que o dos cabelos. A garota mais desejada da escola, sem dúvidas. Mais a frente, ou melhor, no meio do campo de futebol, estava o garoto mais popular da escola treinando. Harry Judd era o que se podia chamar de Deus grego. Alto, olhos estupendamente azuis e cabelos desgrenhadamente penteados de vários tons de loiro até o quase preto.
Do outro lado do campo a banda da escola ensaiava empolgada. No meio dos instrumentos de sopro, um casal se sobressaia não só por tocar, eles dançavam o tempo todo! Danny Jones era um tipo de garoto que poderia se chamar de estranhozinho, mas não podia dizer que era feio. Só mal cuidado. Suspeito que ele devia passar muito tempo ensaiando sua gaita,esquecendo-se de pentear seus belos cachinhos que, no momento, caia de forma sublime, e no ritmo da música, por cima dos seus olhos azuis celestes. A garota que se animava ao seu lado Williams, dançando junto com ele, também não era o que se podia chamar de normal. Creio que daria um troço se parasse para olhá-la uma vez, sem querer. Quebraria os óculos que escondiam os belos olhos verde-água da garota, sem dúvidas, e a levaria ao cabeleireiro. Compraria-lhe roupas novas, também. A proibiria de usar calças tão terríveis quanto aquela.
Logo em frente à banda, passava um grupo de cinco pessoas, admirando algo no chão. O garoto mais baixo do grupo, Dougie Poynter, levava uma iguana por cima dos cabelos loiros que saiam penteados de casa, mas eram despenteados pelo bichinho que ele apelidava carinhosamente de Zukie. Tinha os olhos azuis claros fixados no chão, parecia o mais empolgado. Era o tipo de garoto que se esperava ter os bolsos cheios de sapos. Ao seu lado, uma garota de tranças, , quase da mesma altura que ele, pulava alegremente ao seu lado. Ao receber um olhar zangado do mesmo, se acalmou. Ela tinha os olhos escuros e não se sabia definir a cor do cabelo dela. Haviam várias delas, sem dúvidas, misturadas nas duas tranças que caiam graciosamente pelos ombros. A garota também usava um boné e suas calças eram tão largas quanto as do menino de olhos azuis. De repente, um de seus amigos gritou e saiu correndo, fazendo o resto do grupo correr atrás dele, urrando e rindo alto. Levaram um olhar assombrosamente feio de um garoto loiro de olhos castanhos, Thomas Fletcher, que se encontrava jogado na grama junto de seus companheiros de estudos, desalojados por uma biblioteca em obras. O garoto ao seu lado soltou algum comentário sobre a segunda guerra mundial que o fez sorrir e mostrar a única covinha, alojada em sua bochecha esquerda. Jogada à sua frente, uma garota gargalhou, , mostrando os dentes completamente alinhados. Os cabelos escuros estavam ligeiramente em desalinho, porque colocara os óculos na cabeça, em algum momento da conversa, imitando as meninas populares. Mas, no momento, eles estavam de volta aos olhos, impedindo que as pessoas que a olhavam de longe vissem seus olhos azuis esverdeados, ou verde azulados. Nem ela mesma sabia dizer.
Por que estavam todos do lado de fora da escola? Lembra dos sapos de Dougie? Foram soltos mais cedo, no meio do refeitório. No momento, estavam perseguindo um fugitivo. O fugitivo parecia ter um lado sádico, ou talvez apenas gostasse de garotas e não sapas. Bom, não importa. O importante é que ele se meteu no ensaio das líderes. Uma bala pra quem acertar em que perna ele subiu. AHÁ! , é claro. Nosso sapo é um macho esperto!
O grito que ecoou poderia ter deixado a escola toda surda, mas já estavam acostumados com sons daquela altura. Freqüentavam festas, sabe? Mas se fossem crianças, acho que ficariam surdas.
- TIRA ISSO DE MIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIM! - continuava a gritar. Certo, toda a escola prestava atenção nela.
, Dougie se aproximaram com cuidado. pulava desesperada, tentando tirar o bicho, que agora estava pulando para o seu ombro, dela.
- Se parar de pular, eu tiro! - falou em tom mais alto, para que ela a ouvisse, mesmo com os gritos.
A garota parou de pular. Tremia de nojo.
- Com cuidado, - Dougie pediu.
- O que está acontecendo aqui? - Harold se aproximou, preocupado com . Não era segredo que os dois saiam constantemente.
- Aiai! Desculpa! Prontinho! - tirou o sapo da garota e sorriu para ele.
- SUA VADIA, PIRANHA, FILHA DUMA...
- HEY HEY! Continue me xingando assim e eu deixo o Fred te tarar, numa próxima vez. Você gostou dela, não é Fred? - perguntou ao sapo - Ela não é garota pra você! Toma, Dougster! Vê se não deixa ele fugir outra vez.
- Quer dizer que o sapo é do baixinho? - Harold olhou ameaçadoramente para Dougie, socando a própria mão.
- Isso mesmo, Harry! Pega ele! - apoiou.
- OW! Com licença! - se meteu no meio da briga. - O sapo está salvo, não houve grandes danos. Por que simplesmente não esquecem?
- E quem é você pra dizer o que eu faço ou deixo de fazer? - disse, rispidamente. - EU mando nesse colégio, queridinha.
- Acho que ela quer briga - riu. - Dougie, você não se garante, rala! - Acenou, expulsando o garoto. Ele lhe deu língua, puxando as duas tranças do cabelo da garota, levando os elásticos que as prendiam. Ela andou de volta ao meio da confusão, onde estavam e .
- Inveja é uma droga, né? - riu - Só porque o meu cabelo é perfeito e o seu é essa coisa estranha.
- MÚSICA DE BRIGA! - gritou, do meio da banda, que começou a tocar uma música bem mais rápida.
abaixou a cabeça e riu, levando as mãos à cintura. A trança começava a se desfazer, deixando as mechas tomarem forma, definindo as cores do cabelo e mostrando que ela tinha cabelos mais lisos que os escovados de . Muitos ali estavam impressionados com isso. Nunca haviam visto a garota de cabelos soltos.
- Quer mesmo partir? - riu. - Porque é isso que vai acontecer, você vai partir só com um soco meu.
- Ow! - Harry correu pro meio das duas, empurrando ambas pela cintura, uma longe pra outra - Eu sei que meninas brigando é muito sexy, mas eu prefiro que ninguém se parta aqui.
- Que a sua namoradinha não se parta, não é? - quase cuspiu as palavras - Fala sério, ela me partir? Ia começar a chorar na primeira unha quebrada! - soltou um risinho abafado. - É incrível como algumas pessoas combinam. - e virou as costas. - Bora, Dougster!
Harry ficou olhando a garota se afastar, sendo abraçada pelo garoto que ele não sabia o que era dela.
- Inveja, Harold, deixa pra lá! - puxou seu rosto para que ele a olhasse e lhe deu um selinho.
Harry não estava olhando para ela por estar com raiva ou algo parecido. Aquela garota estranha havia lhe chamado a atenção. Parecia ser feita de mistérios, como aquele que ele havia acabado de desvendar. Ela tinha cinco cores no cabelo.









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